CPM 22
CPM 22 (2001)
Crítica
Cotação:
Praga que assolou o rock alternativo americano na década passada, o hardcore melódico aporta no mainstream brazuca com o CPM 22. No mainstream, ressalte-se, pois entre os grupos indies o gênero já é popular há tempos; no entanto, o quinteto paulista tem a vantagem - ao menos mercadológica - de cantar em português. Esse tal HC melódico vem a ser um meio caminho entre o peso e o radicalismo do punk rock e a tentativa declarada de ultrapassar o primitivismo no que se refere ao potencial "assobiável" das canções. Neste sentido, sem querer alçar vôos além de sua despretensiosa capacidade, o grupo atinge um bom resultado. Mais vale ficar com o similar nacional do que com uma "matriz" importada - digamos, grupos como Green Day ou Bad Religion - e reforçar assim a tal "cena" punk rocker brasileira, por mais açucarada que ela soe aos ouvidos dos mais alternativóides.
O som do quinteto é bem básico, duas guitarras sem firulas e uma cozinha ágil fazendo a cama para a boa performance do vocalista Badaui. As 14 faixas curtinhas do disco não desviam muito da cartilha do HC melódico: velocidade e um verniz radical adornando melodias que, ouvidas com atenção, não chegariam a agredir o ouvinte médio de uma FM "popular". Os versos falam de amores e revoltas juvenis, sem elocubrações mais complexas. A música de trabalho Regina Let's Go! sumariza bem a fórmula da banda. O que não significa que o grupo se repita a vida toda. Músicas como Tarde de Outubro, Anteontem e 60 Segundos capricham no cânone estílistico, mas há boas surpresas no disco. As mais elaboradas O Chão que Ela Pisa (a qual demonstra que o grupo já andou ouvindo muito Superchunk) e Melancolia apontam o apuro melódico e a pegada pop do CPM 22 - que fazem falta a "grandes nomes" do rock nacional atual, tipo Charlie Brown Jr. ou Tihuana.(Marco Antonio Barbosa)
O som do quinteto é bem básico, duas guitarras sem firulas e uma cozinha ágil fazendo a cama para a boa performance do vocalista Badaui. As 14 faixas curtinhas do disco não desviam muito da cartilha do HC melódico: velocidade e um verniz radical adornando melodias que, ouvidas com atenção, não chegariam a agredir o ouvinte médio de uma FM "popular". Os versos falam de amores e revoltas juvenis, sem elocubrações mais complexas. A música de trabalho Regina Let's Go! sumariza bem a fórmula da banda. O que não significa que o grupo se repita a vida toda. Músicas como Tarde de Outubro, Anteontem e 60 Segundos capricham no cânone estílistico, mas há boas surpresas no disco. As mais elaboradas O Chão que Ela Pisa (a qual demonstra que o grupo já andou ouvindo muito Superchunk) e Melancolia apontam o apuro melódico e a pegada pop do CPM 22 - que fazem falta a "grandes nomes" do rock nacional atual, tipo Charlie Brown Jr. ou Tihuana.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas