SURFANDO KARMAS & DNA
Engenheiros do Hawaii (2001)
Crítica
Cotação:
Desprezados (quando não odiados) pela crítica, e cada vez mais distante do sucesso de massa que tiveram no começo dos anos 90, os Engenheiros do Hawaii não se deixam perturbar. Tanto são imperturbáveis que se dão ao luxo de lançar mais um álbum de título estranho (o 13º da carreira), poucos meses após lançarem um disco ao vivo que quase passou despercebido. Humberto Gessinger e sua impávida gangue continuam, ao crivo do ouvinte casual, os mesmos. Prestando atenção, pode-se notar que a nova encarnação dos Engenheiros - que traz Paulinho Galvão (guitarra), Bernardo Fonseca (baixo) e Glaucio Ayala (bateria) estreando em disco - soa um tiquinho mais pesada e suja. Mas de resto, as fixações sonoras de Gessinger (rock progressivo, influências gauchescas - aqui visiveis na participação de Renato Borghetti), suas idiossincráticas letras e o virtuosismo instrumental ganham o espaço de sempre. Tranquilidade para os fãs (que já gostavam da fórmula) e para os não-fãs - já sabendo que o disco não traz nenhuma guinada radical, nem precisam se dar ao trabalho de ouvir.
Para não dizer que não há surpresa alguma, há sim: uma colaboração entre Humberto e Carlos Maltz, baterista original da banda, afastado há vários anos. A dupla assina e-Stória, uma das faixas de destaque de um disco sem reais altos ou baixos. A cara nova (mas nem tanto) do peso dos Engenheiros se faz sentir em 3º do Plural, que junta riffs ganchudos de guitarra - agora à cargo do próprio Humberto - a uma letra de duvidoso teor político. Outras músicas, como a faixa que empresta seu estranho título ao disco e Esportes Radicais, também seguem pelo mesmo caminho sônico. Funcionam, com um surpreendente gosto de rockão de arena, à la Rush ou Dire Straits. Ao tentar diversificar, paradoxalmente, o grupo acaba soando mais redundante. Quando colocam um arranjo de cordas em Nem + 1 Dia, ou arriscam um clima mais contido em Nunca Mais, a velha pasmaceira volta à baila.(Marco Antonio Barbosa)
Para não dizer que não há surpresa alguma, há sim: uma colaboração entre Humberto e Carlos Maltz, baterista original da banda, afastado há vários anos. A dupla assina e-Stória, uma das faixas de destaque de um disco sem reais altos ou baixos. A cara nova (mas nem tanto) do peso dos Engenheiros se faz sentir em 3º do Plural, que junta riffs ganchudos de guitarra - agora à cargo do próprio Humberto - a uma letra de duvidoso teor político. Outras músicas, como a faixa que empresta seu estranho título ao disco e Esportes Radicais, também seguem pelo mesmo caminho sônico. Funcionam, com um surpreendente gosto de rockão de arena, à la Rush ou Dire Straits. Ao tentar diversificar, paradoxalmente, o grupo acaba soando mais redundante. Quando colocam um arranjo de cordas em Nem + 1 Dia, ou arriscam um clima mais contido em Nunca Mais, a velha pasmaceira volta à baila.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas