CANÇÃO DA LUA
Gilson Peranzzetta (2001)
2001
Marari Discos
MR 002
Crítica
Cotação: 
Pianista, compositor e arranjador dos mais requisitados da MPB, Gilson Peranzzetta criou no ano passado seu próprio selo, o Marari Discos, pelo qual lançou o disco Rua Marari. Agora ele ataca em dose dupla, lançando de uma vez dois discos, Metamorfose 
e Canção da Lua, ambos explorando o tratamento camerístico que pode ser dado à música popular (os CDs podem ser encomendados pelo e-mail mararidiscos@domain.com.br). O primeiro, tendo apenas Peranzzetta ao piano, mistura suas composições a peças clássicas, de Bach, Skriabin, Beethoven, e ainda Zequinha de Abreu e Sebastião Tapajós. Em Canção da Lua, Peranzzetta traz como convidado o violoncelista inglês David Chew, radicado há 20 anos no Brasil. Trata-se de um reencontro, já que em 94 o pianista gravou o disco Sorrir acompanhado pelo Rio Cello Ensemble, de que Chew faz parte. O repertório explora músicas de Gilson compostas entre 1970 e 1999, um bom panorama de sua produção. A tônica são as canções, ainda que haja choros (Cheio de Graça, de 83, dedicado à professora Wilma Graça, e Canto do Lobo), uma toada (Serenata de São Lázaro) e até mesmo um belo tango (Dois na Rede). Em todos os gêneros, o que se destaca é o perfeito casamento sonoro entre o timbre do piano e do violoncelo, que se fundem e se complementam em todas as faixas.
Em primorosas canções como Canção da Lua e Mozim, sobressai a influência da música de câmara dos mestres franceses do início do século XX, como Gabriel Fauré, Maurice Ravel e Claude Debussy. Mesmo sentida em outras faixas, como Camafeu e Uma Parte de Nós, essa influência tende a se mesclar com a atmosfera típica da canção brasileira, que Peranzzetta conhece tão bem. Metamorfose, a faixa que encerra o disco, funciona como uma espécie de micro-suíte, incorporando em sua forma diversos estilos, quase uma síntese do que foi apresentado antes. Ótima oportunidade de ouvir dois intérpretes da melhor estirpe, no auge da forma, apresentando um repertório praticamente todo inédito, de rara qualidade.(Nana Vaz de Castro)
e Canção da Lua, ambos explorando o tratamento camerístico que pode ser dado à música popular (os CDs podem ser encomendados pelo e-mail mararidiscos@domain.com.br). O primeiro, tendo apenas Peranzzetta ao piano, mistura suas composições a peças clássicas, de Bach, Skriabin, Beethoven, e ainda Zequinha de Abreu e Sebastião Tapajós. Em Canção da Lua, Peranzzetta traz como convidado o violoncelista inglês David Chew, radicado há 20 anos no Brasil. Trata-se de um reencontro, já que em 94 o pianista gravou o disco Sorrir acompanhado pelo Rio Cello Ensemble, de que Chew faz parte. O repertório explora músicas de Gilson compostas entre 1970 e 1999, um bom panorama de sua produção. A tônica são as canções, ainda que haja choros (Cheio de Graça, de 83, dedicado à professora Wilma Graça, e Canto do Lobo), uma toada (Serenata de São Lázaro) e até mesmo um belo tango (Dois na Rede). Em todos os gêneros, o que se destaca é o perfeito casamento sonoro entre o timbre do piano e do violoncelo, que se fundem e se complementam em todas as faixas.
Em primorosas canções como Canção da Lua e Mozim, sobressai a influência da música de câmara dos mestres franceses do início do século XX, como Gabriel Fauré, Maurice Ravel e Claude Debussy. Mesmo sentida em outras faixas, como Camafeu e Uma Parte de Nós, essa influência tende a se mesclar com a atmosfera típica da canção brasileira, que Peranzzetta conhece tão bem. Metamorfose, a faixa que encerra o disco, funciona como uma espécie de micro-suíte, incorporando em sua forma diversos estilos, quase uma síntese do que foi apresentado antes. Ótima oportunidade de ouvir dois intérpretes da melhor estirpe, no auge da forma, apresentando um repertório praticamente todo inédito, de rara qualidade.(Nana Vaz de Castro)
Faixas
