CERTOS PRAZERES
Max Fairbanks (2000)
Crítica
Cotação:
O cantor e compositor Max Fairbanks vem cheio de vontade em seu disco de estréia, Certos Prazeres. Cercado de bons músicos e com arranjos competentes, abusando dos metais com bom gosto, Max faz um disco dançante, que engloba soul, pop, reggae, balada, jazz, rock. Graças à sua experiência de dez anos cantando na noite paulista, tudo soa redondinho, como em Marginal, ou Muilo, canções pop suingadas em que é fácil se deixar levar. O baião Passarinho é uma grata surpresa, sem grandes invencionices, logo seguida pela balada Pára com Isso, em que se destaca a voz singular de Max, carregada de vibratos – às vezes excessivos – mas empolgante sempre que necessário. Entre as dez faixas, há algumas menos inspiradas ou músicas boas com letras no mínimo estranhas, como a que abre o disco, E Eu Como É Que Fico?, em que o título expressa a revolta de um rapaz diante das sucessivas negativas da moça ("Diz que não dá viver sem mim/ Jura-me amor até o fim/ Diz que não dá, não dá/ E eu como é que fico?/ Amor sem compromisso/ Assim não tem valor pra mim"). Max assina sozinho duas faixas, Passarinho e o Reggae com Banana, e divide autoria com parceiros em outras quatro. Há ainda uma versão vibrante-reggae de Você Está Pensando que Eu Sou Locky? (não era “Loki”?), do ex-mutante e ex-Patrulha do Espaço Arnaldo Baptista.
(Nana Vaz de Castro)
Faixas