NAÇÃO ZUMBI
Nação Zumbi / Instituto (2002)
Crítica
Cotação:
O movimento mangue beat ficou tão personificado em Chico Science que muitos duvidavam que a Nação Zumbi prosseguisse carreira. Mas os pernambucanos permaneceram firmes e agora lançam Nação Zumbi, terceiro CD pós-Chico. Contratada pela Trama, a Nação joga pesado nesse trabalho. São 12 músicas, todas de autoria do grupo, com pouquíssimas parcerias.
A faixa Blunt of Judah abre o disco com a voz distorcida de Jorge Du Peixe, já revelando a força da atuação de Scott Hard, responsável pela mixagem do disco. As letras são fortes, sem serem panfletárias, como Mormaço, que traz uma forma diferente de falar da seca nordestina ("Água aqui é lenda/secura não é pouca, e o céu desaba em conta-gotas") e Propaganda, que denuncia o esquema consumista ("Como pode a propaganda ser a alma do negócio/se esse negócio que engana não tem alma (...) a alma do negócio é você"). Nessa, as guitarras de Lúcio Maia e a participação de Rodrigo Brandão são o destaque.
Os elementos eletrônicos, espalhados por todo o disco, concentram-se em Amnesia Express (totalmente "pernambuglês") e "Faz tempo", onde o DJ Marcelinho empresta seus scratches marcados e marcantes. O Fogo Anda Comigo balança jazzisticamente e Ogan di Belê valoriza o baixo. As "porradas" ficam por conta de Meu Maracatu Pesa uma Tonelada - o título já diz tudo - e Tempo Amarelo, que fecha o disco como foi aberto: carregada de todo o poder da Nação Zumbi.(Mônica Loureiro)
A faixa Blunt of Judah abre o disco com a voz distorcida de Jorge Du Peixe, já revelando a força da atuação de Scott Hard, responsável pela mixagem do disco. As letras são fortes, sem serem panfletárias, como Mormaço, que traz uma forma diferente de falar da seca nordestina ("Água aqui é lenda/secura não é pouca, e o céu desaba em conta-gotas") e Propaganda, que denuncia o esquema consumista ("Como pode a propaganda ser a alma do negócio/se esse negócio que engana não tem alma (...) a alma do negócio é você"). Nessa, as guitarras de Lúcio Maia e a participação de Rodrigo Brandão são o destaque.
Os elementos eletrônicos, espalhados por todo o disco, concentram-se em Amnesia Express (totalmente "pernambuglês") e "Faz tempo", onde o DJ Marcelinho empresta seus scratches marcados e marcantes. O Fogo Anda Comigo balança jazzisticamente e Ogan di Belê valoriza o baixo. As "porradas" ficam por conta de Meu Maracatu Pesa uma Tonelada - o título já diz tudo - e Tempo Amarelo, que fecha o disco como foi aberto: carregada de todo o poder da Nação Zumbi.(Mônica Loureiro)
Faixas