MTV AO VIVO NO MUSEU DE ARTE DA PAMPULHA
Pato Fu (2002)
2002
Plug/BMG Brasil
74321945682
Crítica
Cotação:
Este não é apenas mais um volume da série MTV ao Vivo. Por "mais um volume", entenda-se: não se trata de outro registro de show dispensável, no qual enfileiram-se sucessos em versões virtualmente idênticas às originais. O Pato Fu peitou o clichê do formato e lascou um disco recheado de subversões das músicas mais peculiares de sua carreira, apostando na diversidade da transposição do CD para o palco. Não chega a livrar totalmente a cara do quarteto mineiro, que - como tantos outros nomes da MPB e pop - apostam no jogo ganho do disco ao vivo nesses tempos bicudos para a indústria. Mas a força dos sucessos renovados, adicionada à presença de quatro músicas inéditas, deixa o grupo de John, Fernanda, Ricardo e Xande vários pontos acima da média do projeto MTV ao Vivo. Pode-se dizer mesmo que, de todos os discos da série, este é o que tem mais a dizer, sem ficar apenas ao nível de mero souvenir para fanáticos completistas.
A gravação, realizada em abril no Museu da Pampulha, em Belo Horizonte, não enfatiza os grandes sucessos. Mas é justamente nos hits do Pato Fu que se nota a disposição da banda para se reiventar. Só Depois ficou muito parecida com a versão de estúdio. A bela Perdendo Dentes retorna mais saltitante, perdendo o ar meio deprê do registro original. Já Sobre o Tempo, que era devagar, virou roquinho animado. Eu, que era rock pesado, perdeu velocidade e ganhou ares de tango (graças à participação inusitada da dupla Tangos & Tragédias - contribuindo com violino, acordeon e serrote). O violino de Hique Gomes dá o tom na melhor das músicas novas, Não Mais, que tem um ar soturno que nem combina com a cara geralmente alegrinha da banda. O pop rock pesadinho de Me Explica e as baladas Por Perto e Nada Pra Mim (já gravada por Ana Carolina) completam o rol de inéditas, que não chegam a contribuir com o que de melhor o quarteto já fez. Este melhor está aqui, bem-representado nas brincadeiras radiofônicas de Capetão 66.6 FM, no funk malandro de Vivo no Morro e na sempre serelepe performance de Fernanda - especialmente saborosa em Menti Pra Você, Mas Foi Sem Querer.(Marco Antonio Barbosa)
A gravação, realizada em abril no Museu da Pampulha, em Belo Horizonte, não enfatiza os grandes sucessos. Mas é justamente nos hits do Pato Fu que se nota a disposição da banda para se reiventar. Só Depois ficou muito parecida com a versão de estúdio. A bela Perdendo Dentes retorna mais saltitante, perdendo o ar meio deprê do registro original. Já Sobre o Tempo, que era devagar, virou roquinho animado. Eu, que era rock pesado, perdeu velocidade e ganhou ares de tango (graças à participação inusitada da dupla Tangos & Tragédias - contribuindo com violino, acordeon e serrote). O violino de Hique Gomes dá o tom na melhor das músicas novas, Não Mais, que tem um ar soturno que nem combina com a cara geralmente alegrinha da banda. O pop rock pesadinho de Me Explica e as baladas Por Perto e Nada Pra Mim (já gravada por Ana Carolina) completam o rol de inéditas, que não chegam a contribuir com o que de melhor o quarteto já fez. Este melhor está aqui, bem-representado nas brincadeiras radiofônicas de Capetão 66.6 FM, no funk malandro de Vivo no Morro e na sempre serelepe performance de Fernanda - especialmente saborosa em Menti Pra Você, Mas Foi Sem Querer.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas

