MTV AO VIVO - PLANET HEMP
Planet Hemp (2001)
2001
Chaos/Sony Music
2-502536
Crítica
Cotação:
A face mais casca-grossa do Planet Hemp está sob os refletores neste MTV Ao Vivo, CD gravado em maio para o homônimo projeto da Music Television que já rendeu álbuns do Ira! e Raimundos. Com uma formação compacta - D2 e BNegão (cantores), Rafael (guitarra), Formigão (baixo) e Pedrinho (bateria) - que dispensou DJ, teclados e vozes de apoio, o PH soltou um vigoroso disco de rock, no qual a única concessão ao hip hop são os vocais rappeados. Esse Planet minimal trocou as malandragens sonoras variadas que veio colecionando em seus álbuns de estúdio (em especial no último, o excelente A Invasão do Sagaz Homem Fumaça) pela energia bruta. Mais ou menos como a Justiça e seus argumentos para censurar os shows do grupo: simplista, mas muito eficaz.
Os vocais berrados que sucessos como Legalize Já, Queimando Tudo e Fazendo a Cabeça ganharam no disco dão conta da adrenalina que o grupo consegue atingir no palco. Em momentos de pancadaria explícita, então (HC3, Raprockandrollpsicodeliahardcoreragga, Procedência C.D.), o bicho pega para valer, apesar do som meio achatadinho da gravação (produzida pelo conceituado Mario Caldato). Sobrou pouco espaço para o suingue de que o PH é capaz, que dá as caras em Stab e na versão ultrapesada de Phunky Buddha. Uma única pausa para respirar é na velhusca Hip Hop Rio (da época da formação original do grupo), que ganhou novo arranjo com ênfase nos fraseados de guitarra.
A guitarra de Rafael, econômica e ainda assim capaz de detalhezinhos espertos (A Culpa É De Quem?, Hip Hop Rio), conduz a banda. Ou melhor, conduz a pancadaria seca da bateria de Pedrinho e o baixão reto e sem firulas de Formigão. Por cima de tudo, D2 e BNegão literalmente cuspindo os versos. Ficou interessante, mas menos interessante que as invenções que o grupo já demonstrou em estúdio. Planet Hemp ao vivo é ótimo, mas tem de ser ao vivo mesmo; em disco, o bagulho não bate tão bem como deveria.(Marco Antonio Barbosa)
Os vocais berrados que sucessos como Legalize Já, Queimando Tudo e Fazendo a Cabeça ganharam no disco dão conta da adrenalina que o grupo consegue atingir no palco. Em momentos de pancadaria explícita, então (HC3, Raprockandrollpsicodeliahardcoreragga, Procedência C.D.), o bicho pega para valer, apesar do som meio achatadinho da gravação (produzida pelo conceituado Mario Caldato). Sobrou pouco espaço para o suingue de que o PH é capaz, que dá as caras em Stab e na versão ultrapesada de Phunky Buddha. Uma única pausa para respirar é na velhusca Hip Hop Rio (da época da formação original do grupo), que ganhou novo arranjo com ênfase nos fraseados de guitarra.
A guitarra de Rafael, econômica e ainda assim capaz de detalhezinhos espertos (A Culpa É De Quem?, Hip Hop Rio), conduz a banda. Ou melhor, conduz a pancadaria seca da bateria de Pedrinho e o baixão reto e sem firulas de Formigão. Por cima de tudo, D2 e BNegão literalmente cuspindo os versos. Ficou interessante, mas menos interessante que as invenções que o grupo já demonstrou em estúdio. Planet Hemp ao vivo é ótimo, mas tem de ser ao vivo mesmo; em disco, o bagulho não bate tão bem como deveria.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas