SALA ESPECIAL
Sala Especial (2001)
Crítica
Cotação: 
Seria o Sala Especial um grupo pós-moderno? Não parece haver outra definição que se encaixe no som do sexteto paulistano, que pratica uma sonoridade intencionalmente retrô - reforçada pelo visual da capa deste primeiro EP -, vagando em algum ponto entre o pop-rock dos anos 60, a bossa nova e a dita lounge music, num caldeirão de influências distantes no tempo mas que soam estranhamente contemporâneas. Este EP, com apenas quatro faixas, serve de introdução ao curioso som do grupo, já bastante conceituado no meio underground do rock paulista.
É esquisito, no bom sentido, ouvir o Sala Especial. Um desavisado poderia pensar que se trata de alguma trilha sonora de um daqueles filmes de ação baratos dos anos 60 - e o fato de nenhuma das quatro músicas ter vocais amplifica ainda mais essa sensação. É claro que não é sem querer. Tudo no disco faz com que o ouvinte "se engane" desta forma - o som do órgão que domina os arranjos, o timbre "jovem guarda" das guitarras... Entretanto, os mais antenados logo vão perceber que a sintonia do grupo não é propriamente com os sons de trinta e tantos anos atrás, e sim com grupos contemporâneos que seguem este estilo (como os franceses do Stereolab, por exemplo). A inclusão de alguns barulhinhos sintetizados "mudernos" na mistura confirma a hipótese.
Não que essa derivação estrague a boa surpresa que é o SE. Eles vão de bossa nova elétrica (Oscilator Island), botam música num racha automobilístico imaginário (Interlagos 76), capricham num lounge espacial e guitarreiro (All Transistor) e arriscam rock'n'roll dançante e pesadinho (Orbital Fuzz). Um bom "tira-gosto" de uma banda interessante - com seu som relax e animado a um só tempo.(Marco Antonio Barbosa)
É esquisito, no bom sentido, ouvir o Sala Especial. Um desavisado poderia pensar que se trata de alguma trilha sonora de um daqueles filmes de ação baratos dos anos 60 - e o fato de nenhuma das quatro músicas ter vocais amplifica ainda mais essa sensação. É claro que não é sem querer. Tudo no disco faz com que o ouvinte "se engane" desta forma - o som do órgão que domina os arranjos, o timbre "jovem guarda" das guitarras... Entretanto, os mais antenados logo vão perceber que a sintonia do grupo não é propriamente com os sons de trinta e tantos anos atrás, e sim com grupos contemporâneos que seguem este estilo (como os franceses do Stereolab, por exemplo). A inclusão de alguns barulhinhos sintetizados "mudernos" na mistura confirma a hipótese.
Não que essa derivação estrague a boa surpresa que é o SE. Eles vão de bossa nova elétrica (Oscilator Island), botam música num racha automobilístico imaginário (Interlagos 76), capricham num lounge espacial e guitarreiro (All Transistor) e arriscam rock'n'roll dançante e pesadinho (Orbital Fuzz). Um bom "tira-gosto" de uma banda interessante - com seu som relax e animado a um só tempo.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas
