ENCONTRO DOS RIOS
Thelmo Lins (2001)
2001
Independente
TW/002
Crítica
Cotação:
Goste-se ou não da música que o mineiro Thelmo Lins faz, não se pode negar ao cantor e compositor o mérito da diversidade. Neste álbum independente, Thelmo (vindo da cidade de Itabirito) mistura canções novas a outras escritas por compositores de sua cidade natal, conseguindo um conjunto que surpreende pela variação de ritmos e climas. O sabor do álbum é nostálgico, quase ingênuo às vezes, em especial nas composições resgatadas do passado. Trata-se de um disco mais curioso do que propriamente genial; entretanto, vale a pena notar a disposição de Thelmo (cantor apenas regular, mas que convence pela emoção), que ao preferir a estética "tudo ao mesmo tempo agora", agrada pela despretensão.
O tom às vezes brejeiro do disco não implica em simplicidade ou improvisação. Pelo contrário; para dar cor aos diferentes estilos que percorre, Thelmo optou por uma elaborada alternância de climas e arranjos, que vão do semi-orquestral ao delicado rigor camerístico. É por isso que o cantor pode, por vezes, parecer estranhamente deslocado no tempo, como em Teu Perfume ou Vejo a Banda Chegar - que incorporam violino, cello e metais - e também na propositalmente antiquada marchinha Guizos da Colombina. Mais acenos ao passado se encontram no samba Tombo da Tia Lilia, que ganhou arranjo bem adequado ao estilo da composição, e também em Rose Bud, inesperada jazz-song envolta em contrabaixo acústico e saxofone. Sem se descuidar do balanço (presente num dueto com Elza Soares em Vivo a Pensar), Thelmo atinge momentos particularmente inspirados nas delicadas Trilha do Sol e Angelus. (Contatos: thelins@uai.com.br )(Marco Antonio Barbosa)
O tom às vezes brejeiro do disco não implica em simplicidade ou improvisação. Pelo contrário; para dar cor aos diferentes estilos que percorre, Thelmo optou por uma elaborada alternância de climas e arranjos, que vão do semi-orquestral ao delicado rigor camerístico. É por isso que o cantor pode, por vezes, parecer estranhamente deslocado no tempo, como em Teu Perfume ou Vejo a Banda Chegar - que incorporam violino, cello e metais - e também na propositalmente antiquada marchinha Guizos da Colombina. Mais acenos ao passado se encontram no samba Tombo da Tia Lilia, que ganhou arranjo bem adequado ao estilo da composição, e também em Rose Bud, inesperada jazz-song envolta em contrabaixo acústico e saxofone. Sem se descuidar do balanço (presente num dueto com Elza Soares em Vivo a Pensar), Thelmo atinge momentos particularmente inspirados nas delicadas Trilha do Sol e Angelus. (Contatos: thelins@uai.com.br )(Marco Antonio Barbosa)
Faixas
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