TINO
Tino (2001)
Crítica
Cotação:
Acalorados debates sobre clonagem de seres humanos tomam conta dos jornais. No entanto, nossas gravadoras parecem já dominar com folga este campo de pesquisa. Se este Tino não é um clone ainda mais mal-ajambrado do breganejo Daniel, o que mais será?! A receita do caipira-tornado-astro-romântico é seguida aqui nos mínimos detalhes: romantismo piegas nas letras, aqueles vocais canastrões que tentam afetar os trinados sertanejos, arranjos pasteurizadíssimos e o mínimo possível de esforço criativo (das 13 músicas do disco, quatro são versões traduzidas do espanhol e uma é um cover). O toque final, a ênfase total no potencial galante do rapaz, é explorada com uma overdose de fotos sorridentes no encarte. Pacote mais completo, impossível...
Por falar em impossível, acreditem se quiser, mas a releitura de Impossível Acreditar que Perdi Você - sim, de Márcio Greyck! - é a melhor coisa do álbum. Tino pelo menos tentou, é certo: assina, em conjunto com outros autores, várias faixas do disco. Não adianta muito, visto que todas se parecem muito umas com as outras. À exceção do momento máximo da cara-de-pau: o forró plastificado de Só Pra Ver Você Mexer. No mais, é 100% sacarina descartável, produzida com o devido cuidado (surpreendentemente, quem pilota o álbum é Tom Capone, mais afeito ao pop-rock, mas que dá o recado direitinho aqui) e requinte. Além de um fugaz estrelato nos programas musicais domingueiros da TV aberta, os horizontes que se abrem para Tino são breves, muito breves. (Marco Antonio Barbosa)
Por falar em impossível, acreditem se quiser, mas a releitura de Impossível Acreditar que Perdi Você - sim, de Márcio Greyck! - é a melhor coisa do álbum. Tino pelo menos tentou, é certo: assina, em conjunto com outros autores, várias faixas do disco. Não adianta muito, visto que todas se parecem muito umas com as outras. À exceção do momento máximo da cara-de-pau: o forró plastificado de Só Pra Ver Você Mexer. No mais, é 100% sacarina descartável, produzida com o devido cuidado (surpreendentemente, quem pilota o álbum é Tom Capone, mais afeito ao pop-rock, mas que dá o recado direitinho aqui) e requinte. Além de um fugaz estrelato nos programas musicais domingueiros da TV aberta, os horizontes que se abrem para Tino são breves, muito breves. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas