Arícia Mess 02/10/1959
Arícia Mess surgiu sob a força da música negra e pop internacional e tem sua carreira marcada pela incorporação de diversas influências, como funk, soul, reggae e samba. Nascida em Niterói, a cantora e compositora debutou a carreira solo no Rio em 1993, com "Superlegal", um show dançante no Espaço Cultural Sérgio Porto. O espetáculo foi, na época, inserido dentro de um movimento denominado Retropicália, uma versão anos 90 da Tropicália, com reaproveitamento das idéias e sonoridade atual. Além de Mutantes ("Vamos Tratar da Saúde") e Tony Tornado ("Podes Crer, Amizade"), ela cantava composições próprias, como a canção-título do show ("Superlegal") e "Takunadanaskalcinha". Também cantava músicas de seu violonista e diretor musical, o então novo compositor Pedro Luís (ex-Urge e futuro Parede), como "Miséria S.A.". Arícia conquistou um público fiel no circuito alternativo carioca nos sete anos que levou para registrar a voz de acento soul em um disco. Em 1995 já comemorava 10 anos de uma carreira que começou em coros e pulou para o backing vocal de discos de Marina, Sérgio Mendes e Claudio Zoli, e de shows do Kid Abelha e Fernanda Abreu. Em 1996, levou aos palcos "Dança maluca tropical funk", ao lado da banda Kuamakaka.
Para lançar seu primeiro disco, Arícia chegou a ser sondada pela Sony Music e pela inglesa Acid Jazz, mas não deu em nada. "Cabeça Coração", produzido por ela, Carlos Trilha e Fernando Morello, saiu primeiro no Japão, sob o selo Nippon Crown, em março de 2000.
No Brasil, foi lançado pela Orbita Music, pequena gravadora do produtor e tecladista Carlos Trilha (que trabalhou com Renato Russo em sua fase solo). Apesar da estreita ligação com ritmos afro-brasileiros, no disco Arícia adicionou recursos da música eletrônica. Um exemplo é "Cangoma", gravada por Clementina de Jesus em 1966, adaptada do folclore afro-brasileiro, que vem mergulhada em base eletrônica.
Discografia
Discos de carreira