Céu da Boca
Os integrantes cantavam juntos no coral da Pró Arte, vencedor do festival promovido pelo Jornal do Brasil, em 1976. Dois anos depois, uma ala decidiu deixar o grupo quando o professor que os ensaiava, Jaques Morelenbaum, foi demitido.
As sopranos Verônica Sabino, Rosa Lobo e Lidia Sacharny, as contraltos Maúcha Adnet, Paula Martins e Marcia Ruiz, os tenores Dalmo Medeiros, Chico Adnet e Ronald Valle e os baixos Paulinho Malaguti e Paulo Roberto formaram o Desbundetto. O nome criou polêmica, não agradou e o grupo foi rebatizado de Céu da Boca.
Começaram com músicas de coral. A dificuldade em conseguir arranjos mais populares para aquele tipo de formação fez com que eles assumissem a tarefa de criá-los. Aos poucos, deixaram de lado o repertório erudito, mas continuaram com a estrutura de um coro.
O primeiro trabalho foi a gravação de um jingle em 1979. Depois, gravaram com Wagner Tiso, Joyce, Cesar Camargo Mariano, Chico Buarque e Edu Lobo, entre outros.
Em 1983, foram eleitos Melhor Conjunto Vocal do ano pela Associação dos Críticos de Arte de São Paulo.
O ponto alto do Céu da Boca eram suas apresentações. Os tradicionais uniformes de coral eram substituídos por roupas coloridas e descontraídas.O desempenho, meio teatral, atraía um público jovem como eles. Os primeiros trabalhos eram apresentados a capella, aos poucos foram acrescentando instrumentos.
O primeiro LP, o independente "Céu da Boca", de 1981, foi relançado pela Polygram quando a gravadora os contratou para o segundo disco, "Baratotal".
Em 1984, com alguns de seus integrantes decididos a seguir carreira solo, como Verônica Sabino e Chico Adnet, o grupo foi se dissolvendo aos poucos, até que Paulo Malaguti colocou o ponto final.
Há projetos de relançamento em CD dos dois discos do grupo.