Maurício Einhorn 29/05/1932
Gaitista e compositor carioca, filho de pais gaitistas, começou a tocar gaita na infância. Na adolescência, tocou em diversos grupos colegiais, ampliando sua experiência em diversas formações (duos, trios, quartetos etc.). A partir de 1950 passou a se interessar pelas linguagem do jazz e do choro, e em 1952 fez sua primeira gravação, solando com um conjunto de gaitas num disco de 78 rpm. Poucos anos mais tarde começou a tocar na rádio Mayrink Veiga, em um programa de jazz. No final da década enturmou-se com instrumentistas ligados à bossa nova, em especial o violonista Durval Ferreira, que se tornou um de seus maiores parceiros. Os dois compuseram músicas que se tornaram clássicos, como "Batida Diferente", "Estamos Aí" (esta também em parceria com Regina Werneck, faixa-título de um antológico disco de Leny Andrade), "Nuvens", "Sambop" (gravada por Claudette Soares) e "Tristeza de Nós Dois". Com Arnaldo Costa, Einhorn compôs "Curta Metragem", "Alvorada" (com Lula Freire), "Domingo de Manhã" (com Mário Telles). Em 1966 gravou pelo selo Forma um disco que marcou época: "Tempo Feliz", com Baden Powell. Participou de festivais, classificando a música "Negróide" (com Arnaldo Costa e Taiguara) no III FIC em 1968, e "Domingo de Manhã" (com Arnaldo Costa e Mário Telles) no IV Festival de MPB da Record, no mesmo ano. Em 1972 foi convidado por Sergio Mendes para trabalhar nos Estados Unidos. Lá firmou-se como gaitista e tocou com grandes figuras do jazz, como o guitarrista Jim Hall, o baixista Ron Carter e o gaitista Toots Thielmans. Participou também do famoso disco "Donato/Deodato", gravado enquanto Eumir Deodato e João Donato estavam nos EUA. De volta ao Brasil, gravou em 73 o primeiro compacto, pela Tapecar: o tema do filme "O Último Tango em Paris". Aproveitando o filão cinematográfico, no mesmo ano lançou seu primeiro LP, "The Oscar Winners", com trilhas sonoras. Em 1976 inaugurou sua parceria com o violonista Sebastião Tapajós, com quem fez shows com regularidade durante vários anos. Na década de 80 juntou-se à dupla o pianista Gilson Perazzetta, e os três gravaram um CD pela série Instrumental no CCBB em 95. Gravou também "ME" (título que representa as iniciais de seu nome), em 1979, disco lançado simultaneamente no Brasil e na Alemanha, e outros discos solo. Além disso, fez carreira como músico de estúdio, tocando em gravações com os maiores nomes da MPB.
Discografia
Discos de carreira
INSTRUMENTAL NO CCBB - SEBASTIÃO TAPAJÓS, GILSON PERANZZETTA, MAURÍCIO EINHORN e PAULINHO NOGUEIRA
Tom Brasil - 1993
Extras
Participações