Silas de Oliveira 04/10/1916 20/05/1972
Sambista fundador da escola de samba Império Serrano, freqüentava rodas de samba desde pequeno, em Madureira, apesar da resistência do pai, que era pastor protestante. Fez amizades com sambistas da região e acabou se firmando como um dos grandes nomes do samba principalmente nas décadas de 50 e 60. Notadamente, Silas de Oliveira foi peça fundamental para a consolidação do formato de samba-enredo utilizado até hoje. Compôs diversas músicas em parceria com Mano Décio da Viola, companheiro de fundação da Império (que antes era Prazer da Serrinha), escola para a qual escreveu 16 sambas-enredo, 14 dos quais cantados no desfile oficial. Alguns dos mais antológicos foram "O Último Baile da Corte Imperial" (1953), "O Caçador de Esmeraldas" (1956), "Os Cinco Bailes da Corte ou Os Cinco Bailes Tradicionais da História do Rio" (com Dona Ivone Lara e Bacalhau) (1965) e "Heróis da Liberdade" (com Mano Décio) (1969), que teve problemas com a censura do regime militar. Nos anos seguintes começou a ter alguns problemas com a diretoria da escola, o que culminou com a derrota fragorosa de seu samba para o enredo de 1972, "Alô, Alô, Taí, Carmen Miranda", que não teve nenhum dos seis votos em disputa. Afastou-se do Império Serrano, mas manteve-se fiel a outros amigos sambistas, como Mano Décio, Mauro Duarte, Délcio Carvalho. Quando morreu, estava em uma roda de samba e acabara de cantar "Os Cinco Bailes da História do Rio". É autor ainda de outros clássicos como "Aquarela Brasileira", "Pernambuco Leão do Norte", "São Paulo Chapadão de Glória" (com Joacir Santana) e "Apoteose ao Samba" (com Mano Décio).