A MELHOR BANDA DE TODOS OS TEMPOS DA ÚLTIMA SEMANA
Titãs (2001)
Crítica
Cotação:
Este 13 º álbum dos Titãs bem pode ser o trabalho mais crucial do grupo, prova da capacidade de sobrevivência do agora sexteto face a crises (algumas contornáveis, outras não). A necessidade de dar a volta por cima na morte do guitarrista Marcelo Fromer levou o grupo a buscar refúgio na ironia - às vezes, voltada para eles mesmos - no discurso, talvez como forma de auto-defesa. E, no som, a banda recuperou sua pegada mais eclética e desencanada, oriunda da fase Televisão (84), e que ensaiou um retorno no disco Domingo (95). Nada da contundência por vezes vã de Tudo ao Mesmo Tempo Agora ou Titanomaquia, nem das invencionices de Õ Blésq Blom. Devagar, como um - vá lá - dinossauro recuperando-se de sucessivos choques, os Titãs procuram no básico o caminho para se reencontrar. E até conseguem.
O som do grupo dispensou os exageros tanto no peso quanto na doçura (presente nos arranjos de cordas que marcaram os últimos trabalhos). Há momentos de rock pesado, como na faixa de abertura, Vamos ao Trabalho - que já denota a abordagem irônica da qual o sexteto se revestiu. O mesmo humor sardônico vem em momentos como Alma Lavada e, claro, na faixa-título, que reedita as velhas pendengas do grupo com a imprensa. No resgate de uma sonoridade perdida há tempos - um pop rock leve, uptempo - o sexteto ataca com músicas como Bom Gosto, Daqui Pra Lá, Eu Não Presto, Um Morto de Férias e, mais uma vez, a faixa-titulo. Exibem inauditas influências do rock sessentista em O Mundo É Bão, Sebastião (que inclui um riff parecido com o de Day Tripper, dos Beatles) e também em É Bom Desconfiar E A Melhor Banda... (êta título enorme, sô!?) tem até baladas: Epitáfio, Isso (esta um pouquinho mais roqueira) e Mesmo Sozinho - esta, de Nando Reis, não soaria deslocada no seu último disco solo. Os Titãs limitaram-se a fazer o que bem sabem, o que não é de forma alguma demérito para eles. Pelo contrário: assim eles se afastam, dignamente, do paradigma criticado por eles mesmos na música-título, sendo os Titãs de hoje e sempre, e não apenas os "da última semana". (Marco Antonio Barbosa)
O som do grupo dispensou os exageros tanto no peso quanto na doçura (presente nos arranjos de cordas que marcaram os últimos trabalhos). Há momentos de rock pesado, como na faixa de abertura, Vamos ao Trabalho - que já denota a abordagem irônica da qual o sexteto se revestiu. O mesmo humor sardônico vem em momentos como Alma Lavada e, claro, na faixa-título, que reedita as velhas pendengas do grupo com a imprensa. No resgate de uma sonoridade perdida há tempos - um pop rock leve, uptempo - o sexteto ataca com músicas como Bom Gosto, Daqui Pra Lá, Eu Não Presto, Um Morto de Férias e, mais uma vez, a faixa-titulo. Exibem inauditas influências do rock sessentista em O Mundo É Bão, Sebastião (que inclui um riff parecido com o de Day Tripper, dos Beatles) e também em É Bom Desconfiar E A Melhor Banda... (êta título enorme, sô!?) tem até baladas: Epitáfio, Isso (esta um pouquinho mais roqueira) e Mesmo Sozinho - esta, de Nando Reis, não soaria deslocada no seu último disco solo. Os Titãs limitaram-se a fazer o que bem sabem, o que não é de forma alguma demérito para eles. Pelo contrário: assim eles se afastam, dignamente, do paradigma criticado por eles mesmos na música-título, sendo os Titãs de hoje e sempre, e não apenas os "da última semana". (Marco Antonio Barbosa)
Faixas