A MÚSICA DE BADEN POWELL
Baden Powell (2000)
2000
Som Livre
3029 2
Crítica
Cotação:
Baden Powell nos deixou aos 63 anos de idade em setembro do ano passado, mas sua obra de violonista e compositor é imortal. A coletânea A Música de Baden Powell que a Som Livre está lançando é uma pequena prova disso. Apesar de trazer apenas uma canção interpretada por Baden (Berimbau), as demais reúnem um elenco interessante, fugindo quase sempre do óbvio. O disco abre com uma Elis Regina apoteótica gargalhando "quaquaraquaquá quem riu/ Quaquaraquaquá fui eu" em Vou Deitar e Rolar. Um clássico. Mas a partir daí, as canções de Baden aparecem em registros menos manjados. Os esquecidos Agostinho dos Santos e Rosana Toledo - afinadíssimos e suaves - se encontram no Samba em Prelúdio. A violonista Rosinha de Valença defende Consolação; a dupla Toquinho & Vinicius, Canto de Ossanha, e o primeiro, sozinho, ataca Deixa ("Ninguém vive mais do que uma vez").
Outro mérito da coletânea é resgatar canções menos conhecidas de Baden. Elizeth Cardoso está presente em dois sambas pouco gravados, Queixa e o delicioso Samba da Partida ("Adeus, eu vou partir/ Levarei saudade/ Meu canto é um canto pra cidade/ E um retrato da minha mocidade") e Geraldo Vandré dá as caras em Só por Amor. Quatro canções foram retiradas da trilha sonora da novela Semideus (1973), cuja trilha foi totalmente assinada por Baden e Paulo César Pinheiro. Bons tempos! São elas: Até Eu, com Maria Creuza, Refém da Solidão, com uma intensa Maria Odette (lembram-se? Aquela que foi uma das lançadoras de Caetano Veloso nos festivais?), o grupo Trama (Paciência) e um certo Victor Hugo com Despedida, de temática religiosa, bastante arrastada, a única faixa dispensável deste impecável CD. Apesar de não trazer as datas das gravações, A Música de Baden Powell vem com um libreto com todas as letras, assinadas pelos parceiros Paulo César Pinheiro, Vinicius de Moraes e Hermínio Bello de Carvalho.(Rodrigo Faour)
Outro mérito da coletânea é resgatar canções menos conhecidas de Baden. Elizeth Cardoso está presente em dois sambas pouco gravados, Queixa e o delicioso Samba da Partida ("Adeus, eu vou partir/ Levarei saudade/ Meu canto é um canto pra cidade/ E um retrato da minha mocidade") e Geraldo Vandré dá as caras em Só por Amor. Quatro canções foram retiradas da trilha sonora da novela Semideus (1973), cuja trilha foi totalmente assinada por Baden e Paulo César Pinheiro. Bons tempos! São elas: Até Eu, com Maria Creuza, Refém da Solidão, com uma intensa Maria Odette (lembram-se? Aquela que foi uma das lançadoras de Caetano Veloso nos festivais?), o grupo Trama (Paciência) e um certo Victor Hugo com Despedida, de temática religiosa, bastante arrastada, a única faixa dispensável deste impecável CD. Apesar de não trazer as datas das gravações, A Música de Baden Powell vem com um libreto com todas as letras, assinadas pelos parceiros Paulo César Pinheiro, Vinicius de Moraes e Hermínio Bello de Carvalho.(Rodrigo Faour)
Faixas
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