A VIDA NOS ENSINA
Tihuana (2001)
2001
Virgin
810918 2
Crítica
Cotação:
O Tihuana deve ser um caso único no mundo pop: em cerca de três anos de carreira, e com apenas um disco lançado, o grupo já perdeu dois processos por plágio. Assim sendo, impossível evitar uma certa desconfiança ao se abordar o segundo disco da banda carioca - ainda mais diante de um título como A Vida Nos Ensina... Pendengas judiciais à parte, o quinteto tenta convencer mais uma vez com seu pop ora pesado, ora suingado, sempre com forte influência do reggae. Ou seja, uma mistura não exatamente original. Sem contar com o trunfo da novidade, o Tihuana poderia se sobressair com canções memoráveis - mas também não é esse o caso. O resultado é um disco sem muita expressão, capaz de agradar apenas a quem ache que o rock brasileiro nasceu com os Raimundos.
Para dar o devido crédito ao grupo, deve-se reconhecer que eles tentaram variar seu som. A duas faixas de abertura Por Que Será? (esta, o primeiro single do disco) e Desaparecidos (versão de uma canção do chicano Ruben Bládes), fazem crer que o Tihuana aderiu de vez ao reggae. Nem tanto: logo em seguida o grupo engata rocks mais pesados (como Jamaica No Problem, Campo Minado e Kolô) e também embarcam, de leve, na onda do funk metal (Não Vou Me Entregar). E não se furtam a misturar a batida jamaicana com elementos mais heavy, em A Reza. Para não dizer que eles esqueceram das FMs, Uma Noite e Estrelas exibem uma sonoridade mais limpa e redonda. Falta, no entanto, personalidade própria nas composições da banda; a fagulha que poderia fazer com que o Tihuana se diferenciasse de vez de tantos outros grupos similares, que buscam o mesmo espaço. (Marco Antonio Barbosa)
Para dar o devido crédito ao grupo, deve-se reconhecer que eles tentaram variar seu som. A duas faixas de abertura Por Que Será? (esta, o primeiro single do disco) e Desaparecidos (versão de uma canção do chicano Ruben Bládes), fazem crer que o Tihuana aderiu de vez ao reggae. Nem tanto: logo em seguida o grupo engata rocks mais pesados (como Jamaica No Problem, Campo Minado e Kolô) e também embarcam, de leve, na onda do funk metal (Não Vou Me Entregar). E não se furtam a misturar a batida jamaicana com elementos mais heavy, em A Reza. Para não dizer que eles esqueceram das FMs, Uma Noite e Estrelas exibem uma sonoridade mais limpa e redonda. Falta, no entanto, personalidade própria nas composições da banda; a fagulha que poderia fazer com que o Tihuana se diferenciasse de vez de tantos outros grupos similares, que buscam o mesmo espaço. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas