ACÚSTICO BRASIL
Vários Intérpretes (2001)
Crítica
Cotação:
Este é um disco com formato inusitado: velhos sucessos (a maioria da década de 80, alguns dos anos 70) revisitados em versões mais intimistas, quase-acústicas, pelos próprios cantores que os popularizaram. O repertório é popularzão mesmo; a seleção de pérolas faz lembrar a parada de um indefectível programinha de flashback. Do que vale este álbum, então? Vale para aqueles (sim, eles existem, e em número maior que qualquer pessoa possa supor) que ainda se perguntam "ah, que fim terá levado fulano-de-tal...?" No caso, os fulanos são nomes também indefectíveis como Adriana, Markinhos Moura e Tavito, one-hit wonders que desapareceram nas profundezas dos sebos de LPs de vinil e rádios AM. Simpático e muito bem-intencionado, o disquinho pode não retirar nenhum de seus "astros" dos limbos particulares onde se encontram. Mas certamente vai causar boas recordações e quem sabe lágrimas furtivas nos mais nostálgicos.
As músicas que eram boas no passado continuaram boas, apesar do eventual cansaço nas vozes e dos arranjos meio padronizados. Fim de Tarde, clássico do soul Brasil, ainda soa muito bem na voz de Cláudia Telles. Assim como a sempre simpática Casinha Branca, na voz de seu redvivo autor, Gilson, ou Rua Ramalhete (recentemente regravada por Wando), de volta na interpretação de Tavito. Outras canções ficam mais no setor da bizarria kitsch. É o caso das duas participações de Adriana - que continua com a mesma voz de antes -, em seu maior (ou melhor, único) sucesso I Love You Baby e Tá Combinado Assim. E também de Markinhos Moura, que, mais andrógino que nunca, chega a impressionar (assustar?) com seu timbre castratto em Meu Mel. Para competir com ele, só Tetê Espíndola (que está com disco novo na praça), regravando Escrito nas Estrelas, claro.(Marco Antonio Barbosa)
As músicas que eram boas no passado continuaram boas, apesar do eventual cansaço nas vozes e dos arranjos meio padronizados. Fim de Tarde, clássico do soul Brasil, ainda soa muito bem na voz de Cláudia Telles. Assim como a sempre simpática Casinha Branca, na voz de seu redvivo autor, Gilson, ou Rua Ramalhete (recentemente regravada por Wando), de volta na interpretação de Tavito. Outras canções ficam mais no setor da bizarria kitsch. É o caso das duas participações de Adriana - que continua com a mesma voz de antes -, em seu maior (ou melhor, único) sucesso I Love You Baby e Tá Combinado Assim. E também de Markinhos Moura, que, mais andrógino que nunca, chega a impressionar (assustar?) com seu timbre castratto em Meu Mel. Para competir com ele, só Tetê Espíndola (que está com disco novo na praça), regravando Escrito nas Estrelas, claro.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas