ÁGUA EM VINHO
Vanessa Barum (2001)
2001
Independente
S/nº
Crítica
Cotação:
A seara da MPB não está fácil para as novas cantoras; parece que a cada momento surgem mais e mais intérpretes, que acabam confundindo-se umas às outras na cabeça do público. Em meio a isso, Vanessa Barum - que não é uma novata no cenário, já tendo lançado um álbum em 1996 - tenta destacar-se. O primeiro passo para tanto ela já deu com este Água em Vinho - um "disco de autora" no qual a cantora assina nove de 13 faixas. Ela tenta (e até que consegue) assim garantir um tantinho de personalidade própria a sua obra, afastando-se do perfil "cantora eclética" que assumiu no primeiro disco (no qual regravou Mutantes, Rolling Stones e Chico Buarque). Em busca de uma assinatura sonora pessoal, Vanessa opta agora pelo caminho da suavidade e da despretensão. Sem vontade de revolucionar a MPB, nem querendo agredir (no bom sentido) quem a ouve, a cantora acabou com um disco simpático nas mãos.
O disco é marcado por uma sonoridade folk, definida pelo extenso uso de violões - tocados, na maior parte do tempo, por Hebert Azul, também produtor do CD. Os arranjos, econômicos (não há nem guitarra elétrica no álbum) casam adequadamente com a voz e a interpretação bem passional de Vanessa. Água em Vinho segue plácido, sem maiores doses de adrenalina e mantendo uma agradável unidade entre suas faixas. Já na faixa de abertura, Andarilho, que combina violões e flauta com um sabor levemente "medieval", Vanessa deixa clara sua proposta sonora delicada, que quer pegar o ouvinte de mansinho.
Um sabor flamenco caiu bem na recriação de Bicho de Sete Cabeças, gravada com a participação do co-autor Geraldo Azevedo - que além de cantar "duela" no violão com Hebert Azul. Este último, alías, contribui também como compositor, com especial brilho em Diante de Tudo, aberta com uma bela introdução de violão dedilhado e que prossegue numa melodia vertiginosa. Compositora, Vanessa também tem lá suas manhas, como na boa Insone, ou na mais elaborada Achei que Era Real, esta valorizada por um arranjo vocal bem-feito.(Marco Antonio Barbosa)
O disco é marcado por uma sonoridade folk, definida pelo extenso uso de violões - tocados, na maior parte do tempo, por Hebert Azul, também produtor do CD. Os arranjos, econômicos (não há nem guitarra elétrica no álbum) casam adequadamente com a voz e a interpretação bem passional de Vanessa. Água em Vinho segue plácido, sem maiores doses de adrenalina e mantendo uma agradável unidade entre suas faixas. Já na faixa de abertura, Andarilho, que combina violões e flauta com um sabor levemente "medieval", Vanessa deixa clara sua proposta sonora delicada, que quer pegar o ouvinte de mansinho.
Um sabor flamenco caiu bem na recriação de Bicho de Sete Cabeças, gravada com a participação do co-autor Geraldo Azevedo - que além de cantar "duela" no violão com Hebert Azul. Este último, alías, contribui também como compositor, com especial brilho em Diante de Tudo, aberta com uma bela introdução de violão dedilhado e que prossegue numa melodia vertiginosa. Compositora, Vanessa também tem lá suas manhas, como na boa Insone, ou na mais elaborada Achei que Era Real, esta valorizada por um arranjo vocal bem-feito.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas