AMOR PRA RECOMEÇAR
Barão Vermelho / Frejat (2001)
Crítica
Cotação:
Frejat é um artista de bem consigo mesmo. Amor Pra Recomeçar exibe a maturidade e a estabilidade criativa do cantor do Barão Vermelho, que não precisa (nem quer, nem pode) de nenhuma guinada estética para manter sua dignidade. (Ou seja: os tempos do techno farofa de Puro Êxtase não mais se repetirão, amém.) É inevitável que um disco solo de Frejat pareça-se muito com um do Barão Vermelho. Só que há algumas vantagens no trabalho individual do vocalista. Desobrigado a segurar a bandeira "rrrockenrrroll" do grupo, Frejat abre a guarda para o romantismo - que soa bem honesto, sem apelações - dá uma guaribada em sua sonoridade e, afinal, soa como um artista adulto.
As melhores faixas do disco são Homem Não Chora e (especialmente) Ela, que ganharam um naipe de cordas (arranjadas por Jaques Morelembaum) reforçando belamente seus climas. Violinos e cellos dão cor extra também à ultra-romântica No Escuro e Vendo. Fora isso, a outra surpresa do álbum é Mão de Obra Ilegal, produzida por Max de Castro, e plena de uma ginga inexistente no som do Barão (e tornada ainda melhor pelo arranjo oblíquo e econômico). Max também dá as cartas no balanço soul de Mais que Perfeita. O que resta são as baladas-blues típicas do compositor, como Você Se Parece com Todo Mundo (esta resgatada do álbum Maior Abandonado), Segredos ou Quando o Amor era Medo, e uma digna caída para o pop radiofônico na faixa-título. Apesar de todas as músicas falarem de amor, Frejat não baixa a bola para a breguice; afinal, ele nunca fez mesmo o tipo Paulo Ricardo. Amor Pra Recomeçar é um típico disco de artista que não tem mais nada a provar para ninguém. Mas que talvez ainda tenha algo a oferecer. (Marco Antonio Barbosa)
As melhores faixas do disco são Homem Não Chora e (especialmente) Ela, que ganharam um naipe de cordas (arranjadas por Jaques Morelembaum) reforçando belamente seus climas. Violinos e cellos dão cor extra também à ultra-romântica No Escuro e Vendo. Fora isso, a outra surpresa do álbum é Mão de Obra Ilegal, produzida por Max de Castro, e plena de uma ginga inexistente no som do Barão (e tornada ainda melhor pelo arranjo oblíquo e econômico). Max também dá as cartas no balanço soul de Mais que Perfeita. O que resta são as baladas-blues típicas do compositor, como Você Se Parece com Todo Mundo (esta resgatada do álbum Maior Abandonado), Segredos ou Quando o Amor era Medo, e uma digna caída para o pop radiofônico na faixa-título. Apesar de todas as músicas falarem de amor, Frejat não baixa a bola para a breguice; afinal, ele nunca fez mesmo o tipo Paulo Ricardo. Amor Pra Recomeçar é um típico disco de artista que não tem mais nada a provar para ninguém. Mas que talvez ainda tenha algo a oferecer. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas