ANGÉLICA
Angélica (2001)
Crítica
Cotação:
A apresentadora Angélica jura que, neste seu 13º (sim, é verdade) álbum, preparou-se para agradar a um público mais adulto. Se isso é verdade, tal intenção ficou cuidadosamente camuflada sobre uma espessa camada de insosso pop-brega, dirigido apenas aos adolescentes carentes de uma versão brazuca (e subdesenvolvida) de cantoras como Britney Spears ou Christina Aguilera. A diferença é que Angélica nem chega perto das tentativas de som dançante que as louras gringas arriscam: o lance dela é a baba total e irrestrita.
Será complicado para Angélica convencer qualquer ouvinte com idade (mental, ao menos) superior aos 13 anos. Pelo menos não se seguir cantando estas canções, de letras muito ruins (a "campeã" é Voz do Coração, assinada singelamente por Serginho & Paulinho) e melodias que não fogem do convencionalismo - isso quando não soam simplesmente tortas, caso de Big, Big Mundo, na qual os versos (de Paulo Sérgio Valle) parecem sobrar dentro da música. O trabalho de Ricardo Feghali, do Roupa Nova, como produtor e arranjador, não ajuda muito. Basta dizer que o momento mais surpreendente do álbum é Pra Viver um Amor, mas pelos motivos errados - a base musical é quase um plágio do arranjo da versão original de Lança-perfume, de Rita Lee.
No mais, dá-lhe rame-rame romântico. O destaque possível do álbum vai para Suspense, de Jorge Vercilo, com um saborzinho de soul music. Nessa vereda, também Cinco Dias Sem Te Ver ainda passa, pelo refrão agradável, apesar do arranjo clichezento. E meio à pasmaceira, até mesmo a malhada (mas bonitinha) melodia de Esperando na Janela - do infame grupo Cogumelo Plutão, clone lobotomizado do Legião Urbana - consegue se sobressair. Sem ofensa: com este álbum, Angélica só vai agradar mesmo aos mais velhos posando de umbiguinho de fora, como no encarte do CD.(Marco Antonio Barbosa)
Será complicado para Angélica convencer qualquer ouvinte com idade (mental, ao menos) superior aos 13 anos. Pelo menos não se seguir cantando estas canções, de letras muito ruins (a "campeã" é Voz do Coração, assinada singelamente por Serginho & Paulinho) e melodias que não fogem do convencionalismo - isso quando não soam simplesmente tortas, caso de Big, Big Mundo, na qual os versos (de Paulo Sérgio Valle) parecem sobrar dentro da música. O trabalho de Ricardo Feghali, do Roupa Nova, como produtor e arranjador, não ajuda muito. Basta dizer que o momento mais surpreendente do álbum é Pra Viver um Amor, mas pelos motivos errados - a base musical é quase um plágio do arranjo da versão original de Lança-perfume, de Rita Lee.
No mais, dá-lhe rame-rame romântico. O destaque possível do álbum vai para Suspense, de Jorge Vercilo, com um saborzinho de soul music. Nessa vereda, também Cinco Dias Sem Te Ver ainda passa, pelo refrão agradável, apesar do arranjo clichezento. E meio à pasmaceira, até mesmo a malhada (mas bonitinha) melodia de Esperando na Janela - do infame grupo Cogumelo Plutão, clone lobotomizado do Legião Urbana - consegue se sobressair. Sem ofensa: com este álbum, Angélica só vai agradar mesmo aos mais velhos posando de umbiguinho de fora, como no encarte do CD.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas