AO VIVO 2001
Renato e Seus Blue Caps (2001)
Crítica
Cotação:
No apagar de 2001, eis que até Renato Barros e sua trupe pegam uma rebarba na onda do ao vivo. Talvez a época seja até bem adequada. Eternos reis das versões de sucessos importados, Renato & Seus Blue Caps não devem estranhar a enxurrada de (a)versões campeando pelo pop e pela MPB. Não dá para disfarçar, no entanto, a falta de timing do retorno - que na prática nem é retorno, pois eles nunca pararam - e da duvidosa vitalidade do grupo. As coisas se complicam com a irregular qualidade sonora deste registro ao vivo. Ora o público soa abafado, longínquo; ora é o vocal que quase sucumbe à galera... Ainda assim, não se pode negar a, digamos, "funcionalidade" do pacote. Quase todos os principais hits do grupo estão aqui, e se a opção pela gravação ao vivo prejudicou um pouco o acabamento final, o público se encarrega de dar à banda o fôlego que eventualmente lhe falta. Resta agora saber a quem - além dos saudosistas radicais - podem interessar os ingênuos versos sessentistas do conjunto.
Como numa boa coletânea, pode-se comparar o mimetismo pop de Barros & sua gang. Para cada versão tchaptchura de um sucesso dos Beatles (You're Going to Lose That Girl vira O Meu Primeiro Amor, All My Loving renasce como Feche os Olhos), o grupo dispara um mini-petardo melódico - de sua própria lavra. E temos então as simpáticas, ainda que datadíssimas, Se Você Soubesse ou Eu Não Sabia que Você Existia (Ué, não foi assim que Roberto Carlos aprendeu?) É claro que tem Devolva-me, resgatada por Adriana Calcanhotto. Pena que o clima de baile da saudade domine o álbum e deixe tudo tão devagar quase parando. Quase parando também são as músicas novas - cinco - gravadas em estúdio. Renato quer nos fazer crer que o tempo não passou. Passou sim; por isso, talvez seja melhor ficar no pretérito perfeito (as canções antigas) do que arriscar um "futuro do pretérito" de gosto duvidoso. (Marco Antonio Barbosa)
Como numa boa coletânea, pode-se comparar o mimetismo pop de Barros & sua gang. Para cada versão tchaptchura de um sucesso dos Beatles (You're Going to Lose That Girl vira O Meu Primeiro Amor, All My Loving renasce como Feche os Olhos), o grupo dispara um mini-petardo melódico - de sua própria lavra. E temos então as simpáticas, ainda que datadíssimas, Se Você Soubesse ou Eu Não Sabia que Você Existia (Ué, não foi assim que Roberto Carlos aprendeu?) É claro que tem Devolva-me, resgatada por Adriana Calcanhotto. Pena que o clima de baile da saudade domine o álbum e deixe tudo tão devagar quase parando. Quase parando também são as músicas novas - cinco - gravadas em estúdio. Renato quer nos fazer crer que o tempo não passou. Passou sim; por isso, talvez seja melhor ficar no pretérito perfeito (as canções antigas) do que arriscar um "futuro do pretérito" de gosto duvidoso. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas
Pra você não sou ninguém (Gouldman, Silverman, Vrs. Paulo Cesar Barros
Se você soubesse (Renato Barros, Rossini Pinto)
Eu vivia enganado (Mark James, Vrs. R. Pinto)
Tão sozinho (Migliaci, Luisini Pintuci, Vrs. R. Pinto)
Orgulho de menina (Clark, Smith, Vrs. Renato Barros)
Eu não sabia que você existia (Tony, Renato Barros)
Não me diga adeus (Carlinhos, Paulo Cesar Barros)