APRENDIZ
Rogério Botter Maio (2000)
2000
Independente
Crítica
Cotação:
Elogios rasgados do violonista Guinga e do pianista Dom Salvador, reproduzidos na contracapa deste Aprendiz, já dizem quase tudo: Rogério Botter Maio é um daqueles casos típicos de instrumentistas bastante respeitados no meio musical, mas pouco conhecidos pelo grande público. A criatividade e o rigor artístico desse contrabaixista e compositor são predicados que não parecem interessar mais ao mercadão musical comandado pelas majors, as grandes gravadoras. O que não tem impedido Rogério, felizmente, de desenvolver sua carreira de forma alternativa, sem concessões ao sucesso fácil e descartável.
Gravado ao vivo no clube paulistano Supremo Musical, em outubro de 99, seu segundo álbum é uma demonstração brilhante de como tocar jazz sem abandonar a melhor tradição da música popular brasileira, ou vice-versa. Tradição à qual Rogério passou a valorizar mais ainda, ao viver 11 anos na Europa e nos EUA. Um exemplo perfeito é a composição Baião Means, que começa com um improviso vocal tipicamente jazzístico (participação especial do cantor e violonista Filó Machado, outro brasileiro que passou anos na França) e desemboca em um sofisticado baião.
Ritmos brasileiros também se fundem com o jazz, em faixas como Primeiro Choro (destaque para a flauta de Léa Freire), o samba Setembro, o afoxé que vira xaxado Só Pra Variar, a balada Muito Prazer (com participação especial do saxofonista Teco Cardoso), ou ainda a delicada canção que dá título ao disco, com o próprio contrabaixista nos vocais. Bem acompanhado por Tiago Costa (piano) e Eduardo Ribeiro (bateria), Rogério Botter Maio prova que a música instrumental brasileira pode andar afastada da mídia, mas segue decidida, sem dever nada em criatividade às melhores do mundo.(Carlos Calado)
Gravado ao vivo no clube paulistano Supremo Musical, em outubro de 99, seu segundo álbum é uma demonstração brilhante de como tocar jazz sem abandonar a melhor tradição da música popular brasileira, ou vice-versa. Tradição à qual Rogério passou a valorizar mais ainda, ao viver 11 anos na Europa e nos EUA. Um exemplo perfeito é a composição Baião Means, que começa com um improviso vocal tipicamente jazzístico (participação especial do cantor e violonista Filó Machado, outro brasileiro que passou anos na França) e desemboca em um sofisticado baião.
Ritmos brasileiros também se fundem com o jazz, em faixas como Primeiro Choro (destaque para a flauta de Léa Freire), o samba Setembro, o afoxé que vira xaxado Só Pra Variar, a balada Muito Prazer (com participação especial do saxofonista Teco Cardoso), ou ainda a delicada canção que dá título ao disco, com o próprio contrabaixista nos vocais. Bem acompanhado por Tiago Costa (piano) e Eduardo Ribeiro (bateria), Rogério Botter Maio prova que a música instrumental brasileira pode andar afastada da mídia, mas segue decidida, sem dever nada em criatividade às melhores do mundo.(Carlos Calado)
Faixas
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