ATÉ VOCÊ CHEGAR
Vinny (2001)
Crítica
Cotação:
O mínimo que se pode dizer a favor de Vinny é que pelo menos ele abandonou seu método patenteado de compor (que consistia em clonar seu primeiro sucesso Heloísa Mexe a Cadeira à exaustão). Neste seu quinto álbum, o cantor dá tímidos passos fora do esquema pop-dance-farofa que o celebrizou, tenta apurar as composições e arrisca maior variedade de climas. Acaba não fazendo muita diferença. Vinny é até simpático e tem boa noção de como compor refrõezinhos grudentos e eficazes. Posando de artista "sério", no entanto, num disco que aspira (segundo o release da gravadora) ao folk-rock, sua própria canastrice o derruba. O repertório novo também não ajuda, misturando clichês pop e letras de romantismo banal. Melhores - ou pelo menos mais espontâneas - são suas bobagens para pista de dança. Tanto que mesmo soando como repeteco duplo, a regravação de Fuck the Fashion, do disco anterior, é o momento menos forçado do novo trabalho. De resto, sobra alguma pretensão (como em Eu Não Acredito em Você ou Onde Você Vai, banalidades que aspiram à grandeza com arranjos de cordas e violão), pop anêmico (Amor Clichê, Até Você Chegar) e preguiça criativa - nas versões de Fixação (Kid Abelha) e Quanto Tempo Faz (tradução para Stand by Woman, de Lenny Kravitz). Quem diria que Mexe a Cadeira ainda causaria saudades...(Marco Antonio Barbosa)
Faixas