CABRUÊRA
Cabruêra (2001)
Crítica
Cotação:
Desde o aparecimento do mangue-beat, Pernambuco tem sido um caldeirão de novidades musicais. Mas agora os sons diferentes surgem de um estado vizinho - a Paraíba. É de lá que vem a Cabruêra, que está lançando seu primeiro CD. O trabalho já havia saído ano passado, de forma independente, e agora foi remasterizado e "adotado" pela Nikita. O seis integrantes trabalham com a percussão como linha de frente e apresentam criativos recursos para diferenciar seu som: caneta Bic, lixa de unha, moringas... A sede de invenção é tanta que nem precisavam ter colocado no encarte a observação "não há programação de teclados".
As 12 faixas alternam músicas instrumentais e outras com o vocalista Arthur Pessoa. Loa de Chegança abre com a participação do Coral Voz Ativa, que dá um tom de procissão à música - eles também cantam em Ciência Nordestina. Um som visionário invade a segunda faixa - Forró Esferográfico -, onde a tal caneta Bic transforma o violão em um misto de rabeca, cello e violino, num tom mais grave. Em Muganzé, Zé Guilherme parece um Antônio Conselheiro paraibano ao recitar seu texto em tom profético. A parte instrumental é tão forte no disco que os vocais, quando surgem inesperados, chegam até a surpreender, como em Cangaço, quando Arthur só entra lá pela metade da música. Talvez aí esteja o único ponto a ser acertado em um próximo trabalho: a voz de Arthur é forte, contundente, deve ser mais e melhor aproveitada. Além da percussão, o violão é bastante valorizado, principalmente em Galopeando e Certo Sertão, que têm arranjos delicadíssimo. O forte da Cabruêra são as mudanças de dinâmica na maioria das faixas; as músicas alternam tempos "pesados" e rápidos com passagens mais suaves, dando uma sensação vertiginosa. (Mônica Loureiro)
As 12 faixas alternam músicas instrumentais e outras com o vocalista Arthur Pessoa. Loa de Chegança abre com a participação do Coral Voz Ativa, que dá um tom de procissão à música - eles também cantam em Ciência Nordestina. Um som visionário invade a segunda faixa - Forró Esferográfico -, onde a tal caneta Bic transforma o violão em um misto de rabeca, cello e violino, num tom mais grave. Em Muganzé, Zé Guilherme parece um Antônio Conselheiro paraibano ao recitar seu texto em tom profético. A parte instrumental é tão forte no disco que os vocais, quando surgem inesperados, chegam até a surpreender, como em Cangaço, quando Arthur só entra lá pela metade da música. Talvez aí esteja o único ponto a ser acertado em um próximo trabalho: a voz de Arthur é forte, contundente, deve ser mais e melhor aproveitada. Além da percussão, o violão é bastante valorizado, principalmente em Galopeando e Certo Sertão, que têm arranjos delicadíssimo. O forte da Cabruêra são as mudanças de dinâmica na maioria das faixas; as músicas alternam tempos "pesados" e rápidos com passagens mais suaves, dando uma sensação vertiginosa. (Mônica Loureiro)
Faixas
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Citação: "Excelência" de Antonio José Madureira por Quinteto Armorial
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