DIVERSÕES
Sérgio Vid (2001)
Crítica
Cotação:
Sérgio Vid tem um nome a zelar na história do rock carioca. Se não pela relevância de seus feitos, pelo menos por tempo de serviço (hoje quarentão, ele é da primeira geração do Circo Voador). Então, deveria ter mais respeito com sua própria carreira e pensar duas vezes antes de lançar um projeto dúbio como este Diversões - composto, ora, de versões em português de hits estrangeiros. Mesmo abstraindo o caráter e a intenção mais do que anacrônicas do álbum (evidentes desde a capa), já seria questionável a viabilidade comercial de um CD deste tipo. Mas Vid, maluco-beleza paradão no tempo, não deve estar nem aí - o que ao menos lhe concede o benefício da integridade. Musicalmente, o disco traz um hard rock com cheiro de mofo, mas que até seria divertido não fosse por certos detalhes. Talvez se não houvesse tanta insistência em metais estridentes nos arranjos... ou se a interpretação rrrrrrrrrrrrrocknrrrrrrrrrrrrollllllllll de Vid não soasse tão caricata...
Fora uma ou outra rata poética, as letras em português não comprometem. A sonoridade muito ultrapassada e a próprio descrédito do formato - sempre associado à falta de criatividade e à banalidade - é que melam tudo. Se não, poderia ser legal ouvir coisas como Ouça Bem a Música (Listen to the Music, dos Doobie Brothers, transformada em roquinho funkeado), ou o peso para Superstar (Jesus Christ Superstar, da ópera-rock homônima). Nem tanto a (per)versão para a disco music de Donna Summer (She Works Hard for the Money) que ganha batida acelerada e uma interpretação exageradérrima. Nos números mais lentos, a coisa complica mais ainda. Sonhando pelo menos ficou bem parecida com a original (Dream On, do Aerosmith). Mas a essa altura do campeonato, ouvir outra tradução para If, do Bread (Se), não dá. Foi mal. (Marco Antonio Barbosa)
Fora uma ou outra rata poética, as letras em português não comprometem. A sonoridade muito ultrapassada e a próprio descrédito do formato - sempre associado à falta de criatividade e à banalidade - é que melam tudo. Se não, poderia ser legal ouvir coisas como Ouça Bem a Música (Listen to the Music, dos Doobie Brothers, transformada em roquinho funkeado), ou o peso para Superstar (Jesus Christ Superstar, da ópera-rock homônima). Nem tanto a (per)versão para a disco music de Donna Summer (She Works Hard for the Money) que ganha batida acelerada e uma interpretação exageradérrima. Nos números mais lentos, a coisa complica mais ainda. Sonhando pelo menos ficou bem parecida com a original (Dream On, do Aerosmith). Mas a essa altura do campeonato, ouvir outra tradução para If, do Bread (Se), não dá. Foi mal. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas
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