E-COLLECTION - GILBERTO GIL
Gilberto Gil (2000)
Crítica
Cotação:
Essa coletânea mistura várias fases e facetas da carreira do (perdão, David Bowie) camaleão Gilberto Gil. Há do compositor para o universo infantil (Sítio do Pica-Pau Amarelo) ao militante político (Nos Barracos da Cidade, em versões remix e ao vivo), o crítico às religiões endinheiradas (Guerra Santa ataca os evangélicos) e o gladiador do reggae (Gimme Your Love, versão em inglês de Vamos Fugir). Contrariando um pouco o espírito da E-Collection as gravações menos comuns ou raras também podem ser encontradas no disco 1 normalmente dedicado aos óbvios hits. Além da supra mencionada Guerra Santa (gravada para um Hollywood Rock) há a foliona Marcha da Tietagem (com aquela letra didática típica de Gil), gravada em 1980 com o Trio Elétrico de Dodô e Osmar e as Frenéticas. Neste balaio entra também o samba sincopado Mico Preto (Moacyr Luz/ Aldir Blanc), tema de novela ao lado dos sucessos Luar, Esotérico, Tempo Rei, Extra, Lamento Sertanejo e A Novidade (parceria com Os Paralamas). No disco 2 dois lados Bs curiosos: a valsa Gaivota com Arnaldo Brandão (baixo) e Vinicius Cantuária (bateria) incógnitos no acompanhamento, e Macapá, baião obscuro da dupla Luiz Gonzaga/ Humberto Teixeira. A esta somam-se seis faixas de uma desigual Antologia do Samba Choro que o compositor dividiu com o sambista paulista Germano Mathias num final de contrato. Ele engata um funk em clássicos como Escurinho, Samba Rubro Negro e Acertei no Milhar e nem sempre consegue passar a marcha. Mas a tampa se fecha com homenagens e Luiz Gonzaga (Forrozear) e Dorival Caymmi (Saudades da Bahia). Apesar do carrossel de estilos, o disco desce redondo.(Tárik de Souza)
Faixas
DISCO 1
DISCO 2