E-COLLECTION - JORGE BENJOR
Jorge Ben Jor (2000)
Crítica
Cotação:
Tudo aconteceu muito rápido naquele 1963. Pouco depois de atuar em duas faixas como crooner no disco Tudo Azul do conjunto do organista da noite Zé Maria, o estreante Jorge Ben assinou contrato para gravar como solista na então gravadora Philips (atual Universal). Lançou um single em 78 rotações com as mesmas duas músicas que meses mais tarde puxariam seu LP inaugural Samba Esquema Novo para a marca incomum na época das 100 mil cópias vendidas. Mas, Que Nada e Por Causa de Você, Menina, as razões do fenômeno, voltam a circular nessa coletânea apoiadas no órgão (que hoje pode ser repaginado como lounge) de Zé Maria, a segunda sem a ênfase na pronúncia infantilizada "voxê", do disco solo, que causou polêmica e ajudou a impulsionar a carreira do noviço. Dessa fase tateante, o disco salta para o repertório funkiado do Ben (já com o Jor) dos anos 90, rebocado pelo estouro de W Brasil, de 1991, onde o síndico Tim Maia é invocado (num épico ao vivo) como o autor para um repique de sucesso com a nova geração. A dupla pode ser ouvida na rascante Eu Quero Ver a Rainha. Outra particularidade do disco 2, dedicado às preciosidades, é Palco, raro momento em que Ben Jor visita outros autores, extraída do songbook de Gilberto Gil. No mais, o disco traz uma safra menos inspirada do samba/funkeiro (Pega Ela de Montão, Engenho de Dentro, Pisada de Elefante, Alcohol, Norma Jean e Dzarm, esta em quatro versões) e recicla os clássicos A Banda do Zé Pretinho, Que Maravilha, Os Alquimistas Estão Chegando, Filho Maravilha e País Tropical. Mesmo sem tanto gás, o alquimista Ben Jor dessa coletânea ainda bate um bolão.(Tárik de Souza)
Faixas
A banda do Zé Pretinho (Jorge Benjor)