E-COLLECTION - LULU SANTOS
Lulu Santos (2000)
Crítica
Cotação:
Coletâneas de Lulu Santos existem aos montes – a maioria, do repertório da Warner, onde gravou seus primeiros quatro discos e deixou boa parte de seus hits. O disco 1 deste volume da E-Collection tão somente repete aquela seleção que todo mundo está careca de conhecer: Tempos Modernos, Tudo Com Você, Um Certo Alguém, Tudo Azul, Certas Coisas etc. O disco 2 é, teoricamente, o que justifica a edição de mais uma coletânea de Lulu: as raridades, pinçadas nos empoeirados arquivos das gravadoras. A mais disputada delas, as músicas que ele gravou com o lendário grupo Vímana (ao lado de Ritchie e Lobão, na época em que ainda não eram o Ritchie e Lobão que conhecemos) para um compacto para a Som Livre. Depois de tanto tempo esperando pela edição digital das faixas, uma decepção. Zebra é um funk desconjuntado, com todos os vícios do rock da época (uns corinhos sub-14 Bis) e Masquerade, uma anacrônica elocubração progressiva (era 1977 e o punk já tinha derrubado tudo na Inglaterra do Pink Floyd e Yes), com a guitarra de Lulu soando bem de acordo com o estilo. O melhor do disco são as músicas do compacto que o músico gravou ainda como Luís Maurício, em 1980. Melô de Amor é uma grande balada soul, em estilo Robson Jorge, que resistiu bem ao tempo. Já o funk light Gosto de Batom foi regravado 14 anos depois no CD Assim Caminha a Humanidade – nem precisava, pois a sonoridade da original continua charmosa até hoje. Para os tarados, o disco 2 da E-Collection ainda traz versões instrumentais de Como Uma Onda, O Último Romântico, Tão Bem e De Repente (era época do karaokê, quem lembra?) e os dois lados de um compacto promocional com uma entrevista de Lulu para divulgar o disco Tudo Azul. Cá para nós, é muito pouco para que se editasse mais um greatest hits do cantor.(Silvio Essinger)
Faixas
27
Entrevista (Lado A)
28
Entrevista (Lado B)