ELO
Jorge Vercilo (2002)
Crítica
Cotação:
Jorge Vercilo tenta dar o pulo do gato (mercadológico) neste seu novo CD, que aposta na máxima do "time que está ganhando". Se as ambições comerciais aventadas pela gravadora são altas, isso não parece ter perturbado o compositor, que segue seu estilo plácido e intimista de sempre. Aparentado (no vocal e na batida do violão) a Djavan e à grande turma de cantores influenciados pelo alagoano, Vercilo tenta no entanto impôr sua própria marca na MPB. Elo é mais um passo, pequeno mas seguro, nesta direção. Ainda que o disco não vá revolucionar muita coisa no panorama da música brasileira, apresenta um artista maduro e sabedor de que é mais prudente buscar a qualidade do que a originalidade.
As 14 faixas (que tornam o CD um tantinho longo) deixam-se escutar sem sobressaltos. Apesar de compor de forma bem homogênea, Vercilo, junto ao produtor Paulo Calazans, soube criar climas variados para cada canção. Assim, temos o suinguinho suave (com guitarras distorcidas) de Homem-Aranha, que abre o disco; prossegue-se com o suave pop percussivo, algo latino, de Que Nem Maré; e desemboca-se em brincadeiras ritmicas mais inusitadas, como o ensaio de baião de Do Jeito que For e o jazz-funk que surpreende na ambientação de Suspense. Outras praias e influências fazem-se notar na aproximação com o rhythm'n'blues (nos arranjos vocais de Celacanto e Rima) e nos momentos mais sutis do disco (o lirismo audível no piano de Fênix e nos delicados sopros de Suave).(Marco Antonio Barbosa)
As 14 faixas (que tornam o CD um tantinho longo) deixam-se escutar sem sobressaltos. Apesar de compor de forma bem homogênea, Vercilo, junto ao produtor Paulo Calazans, soube criar climas variados para cada canção. Assim, temos o suinguinho suave (com guitarras distorcidas) de Homem-Aranha, que abre o disco; prossegue-se com o suave pop percussivo, algo latino, de Que Nem Maré; e desemboca-se em brincadeiras ritmicas mais inusitadas, como o ensaio de baião de Do Jeito que For e o jazz-funk que surpreende na ambientação de Suspense. Outras praias e influências fazem-se notar na aproximação com o rhythm'n'blues (nos arranjos vocais de Celacanto e Rima) e nos momentos mais sutis do disco (o lirismo audível no piano de Fênix e nos delicados sopros de Suave).(Marco Antonio Barbosa)
Faixas