EU ESTOU BEM
Joanna (2001)
Crítica
Cotação: 
Depois de um belo CD duplo ao vivo comemorativo de seus 20 anos de carreira, no qual intercalava sucesssos com algumas inéditas que iam da balada brega (que estourou) Tô Fazendo Falta a diversos sambas de raiz, irrepreensíveis, e resgatando, de quebra, Lua Branca (Chiquinha Gonzaga), Joanna agora volta à linha romântica popular que a consagrou. Se a intenção é mais ou menos a mesma dos seus discos dos anos 80 (com muitas letras açucaradas), a produção é mais caprichada, com direito a um flerte com o folk-country em alguns momentos. Em suma, seu disco não deixa nada a dever aos de Gloria Estefan, Celine Dion, Laura Pausini, Whitney Houston, Joni Mitchell ou Carly Simon. Elas vendem milhões e Joanna tem tudo para faturar um bocado nesse filão pois o padrão de produção está bem de acordo com o brega pop de ponta internacional.
À exceção do xote Tô Querendo Você (Elias Muniz/ Fátima Leão), as canções são variações de baladas pop, como Pra Começo de Conversa (Álvaro Socci/ Cláudio Matta) e Dizer Não (César Augusto/ Antonio Luiz/ Nil Bernardes), esta última de refrão pegajoso, a cara do grupo Roupa Nova - que por sinal a acompanha em várias faixas. "Se o coração disser que sim/ Vou brigar com ele e dizer não/ Dizer não, dizer não (...) Já cansei, não quero mais brincar de solidão", diz a letra que, aliás, está no mesmo nível das demais. Ela pinçou até o bregão Última Canção (Carlos Roberto), sucesso de Paulo Sérgio, que levou um banho de loja mas não deixou de ficar ultra brega em sua versão.
Há muita gente no mundo a fim de ouvir letras piegas e músicas melosas. Já o ouvinte mais exigente deve fugir para outros discos de Joanna, como o excelente Estrela Guia (1980) ou mesmo o 20 Anos Ao Vivo, de 99, no qual poderá reouvir pérolas como o samba Águas de Oxum (Jota Velloso/ Roque Ferreira), que desgraçadamente não foi trabalhado nas rádios pela gravadora. Se resta algum consolo por ver Joanna desperdiçando seu talento em músicas apelativas é que ela está atualmente melhor no gênero que seu mestre Roberto Carlos. Pelo menos os arranjos são um pouco mais inventivos, ela não canta músicas religiosas e o projeto gráfico de seu disco é de bom gosto, muito superior ao do Rei. Já é alguma coisa, mas ainda é pouco. Ela sabe cantar músicas melhores.(Rodrigo Faour)
À exceção do xote Tô Querendo Você (Elias Muniz/ Fátima Leão), as canções são variações de baladas pop, como Pra Começo de Conversa (Álvaro Socci/ Cláudio Matta) e Dizer Não (César Augusto/ Antonio Luiz/ Nil Bernardes), esta última de refrão pegajoso, a cara do grupo Roupa Nova - que por sinal a acompanha em várias faixas. "Se o coração disser que sim/ Vou brigar com ele e dizer não/ Dizer não, dizer não (...) Já cansei, não quero mais brincar de solidão", diz a letra que, aliás, está no mesmo nível das demais. Ela pinçou até o bregão Última Canção (Carlos Roberto), sucesso de Paulo Sérgio, que levou um banho de loja mas não deixou de ficar ultra brega em sua versão.
Há muita gente no mundo a fim de ouvir letras piegas e músicas melosas. Já o ouvinte mais exigente deve fugir para outros discos de Joanna, como o excelente Estrela Guia (1980) ou mesmo o 20 Anos Ao Vivo, de 99, no qual poderá reouvir pérolas como o samba Águas de Oxum (Jota Velloso/ Roque Ferreira), que desgraçadamente não foi trabalhado nas rádios pela gravadora. Se resta algum consolo por ver Joanna desperdiçando seu talento em músicas apelativas é que ela está atualmente melhor no gênero que seu mestre Roberto Carlos. Pelo menos os arranjos são um pouco mais inventivos, ela não canta músicas religiosas e o projeto gráfico de seu disco é de bom gosto, muito superior ao do Rei. Já é alguma coisa, mas ainda é pouco. Ela sabe cantar músicas melhores.(Rodrigo Faour)
Faixas
