FEIRA MODERNA
Lô Borges (2001)
Crítica
Cotação:
Depois de trazer de volta ao mercado Beto Guedes há dois anos com o álbum Dias de Paz, agora é a vez da Sony Music resgatar outro membro do Clube da Esquina para seu cast: Lô Borges. A estratégia é a mesma. Fazer o artista regravar sucessos e, de quebra, trazer para seu catálogo os hits que os cantores gravaram no passado em outras fábricas. Além de rentáveis, bons para se ter no acervo, são produtos que têm apelo certeiro, pois apostam na memória afetiva do público, que consumirá sem medo canções que já conhece tão bem. Assim como os sucessos de Beto, os de Lô são muito bons. Nuvem Cigana, O Trem Azul, Para Lennon & McCartney, Sonho Real, Tudo que Você Podia Ser, Paisagem da Janela, Vento de Maio, Um Girassol da Cor do Seu Cabelo... todos clássicos da MPB. Curiosamente, o nome do CD é Feira Moderna, que embora seja de co-autoria de Lô, ele nunca havia gravado (foi classificada no V FIC, em 1970, e gravada pelo Som Imaginário, posteriormente estourando na voz do amigo Beto Guedes). É uma das únicas "novidades" do CD, ao lado de Fé Cega, Faca Amolada e A Página do Relâmpago Elétrico, outras duas inéditas em sua voz.
De resto, os arranjos estão renovados mas não "modernizantes" e felizmente preservaram os climas originais das canções. Uma ou outra faixa ganhou um punch a mais, graças a canjas de amigos, como Edgar Scandurra, do Ira!, em Um Girassol da Cor de Seu Cabelo, que ele envenenou com sua guitarra característica. As diferenças principais do disco de Lô para o CD de Beto é que aquele apresentava algumas inéditas e tinha alguns convidados, tornando-o um pouco mais atraente. Já Lô aposta apenas em favas contadas. Espera-se que a Sony renove o contrato do cantor e invista para que ele não fique eternamente escravo de seus sucessos dos anos 70 e 80. (Rodrigo Faour)
De resto, os arranjos estão renovados mas não "modernizantes" e felizmente preservaram os climas originais das canções. Uma ou outra faixa ganhou um punch a mais, graças a canjas de amigos, como Edgar Scandurra, do Ira!, em Um Girassol da Cor de Seu Cabelo, que ele envenenou com sua guitarra característica. As diferenças principais do disco de Lô para o CD de Beto é que aquele apresentava algumas inéditas e tinha alguns convidados, tornando-o um pouco mais atraente. Já Lô aposta apenas em favas contadas. Espera-se que a Sony renove o contrato do cantor e invista para que ele não fique eternamente escravo de seus sucessos dos anos 70 e 80. (Rodrigo Faour)
Faixas