GIRA O MUNDO
Família Lima (2001)
Crítica
Cotação:
A Família Lima é uma semi-incógnita no panorama pop brasileiro. Ao mesmo tempo que suas composições não fogem da cartilha do romantismo banal - qual filhotes temporões do Roupa Nova - o grupo prima por construir arranjos que fogem do convencional, com uso extensivo de cordas clássicas (com destaque para o violino). Assim, o grupo fica com um pé na irrelevância e outro em uma musicalidade que poderia ser mais apurada, o que seria o suficiente para destacá-los no mercado. O segundo álbum do grupo, Gira o Mundo, segue nessa indefinição de rumos. As canções quase nunca escapam da mediocridade (mas também não chegam a agredir os ouvidos), mas a performance caprichada, tanto vocal quanto instrumental, até que segura as pontas. Falta talvez uma maior "humanidade" nos timbres da produção de Guto Graça Mello, que exagera nos tecladinhos baba. Se o caminho dos arranjos mais orgânicos fosse seguido, talvez os Lima conseguissem melhor resultado.
É puro pop xarope, só que bem feitinho. A voz de Lucas Lima, principal vocalista, é legal e bem colocada. Claro que não adianta muito ter boa voz e desperdiçá-la com os versos bobos de coisas como a ultra-sentimental Nunca Mais ou em três (!) versões de sucessos do pop latino - que por sinal é tão ou mais brega do que o nosso. Há salvação, porém, em canções como Distante e Luz do Sol (co-escrita por Paulo Sérgio Valle), que soam mais simpáticas. E ainda tem uma versão instrumental de Eleanor Rigby, dos Beatles, que periga ser a melhor faixa do disco. Não apenas por ter seguido à risca a harmonia original, mas também por provar que, sem sintetizadores, clichês ou letras bregas, a Família Lima se sustenta melhor.(Marco Antonio Barbosa)
É puro pop xarope, só que bem feitinho. A voz de Lucas Lima, principal vocalista, é legal e bem colocada. Claro que não adianta muito ter boa voz e desperdiçá-la com os versos bobos de coisas como a ultra-sentimental Nunca Mais ou em três (!) versões de sucessos do pop latino - que por sinal é tão ou mais brega do que o nosso. Há salvação, porém, em canções como Distante e Luz do Sol (co-escrita por Paulo Sérgio Valle), que soam mais simpáticas. E ainda tem uma versão instrumental de Eleanor Rigby, dos Beatles, que periga ser a melhor faixa do disco. Não apenas por ter seguido à risca a harmonia original, mas também por provar que, sem sintetizadores, clichês ou letras bregas, a Família Lima se sustenta melhor.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas