GUILHERME ARANTES AO VIVO
Guilherme Arantes (2001)
Crítica
Cotação:
Atire o primeiro Acústico MTV quem ainda não ouviu uma história parecida com esta: popstar tupiniquim em baixa na carreira apela para um disco ao vivo lotado de velhos sucessos, para "repaginar" sua trajetória, agradar os fãs antigos e tentar conquistar novos. Guilherme Arantes ameaçou cair de boca nesta armadilha, que - de modos diferentes - vitimou nos últimos anos um sem-número de figurões da MPB. Neste álbum ao vivo (o segundo em pouco mais de um ano), ele seguiu o figurino. Juntou seus vários sucessos, atirou uma ou outra inédita, deu um verniz de novidade nos velhos arranjos... Curiosa e surpreendentemente, o injustiçado hitmaker saiu-se bem melhor que a encomenda. Talvez pela "polaróide" honestíssima que o disco tirou do momento presente de Guilherme - cantor e compositor maduro, consciente de seus escorregões e de suas forças. E que, alheio a qualquer marketing, assume o álbum ao vivo como chance de rever, com dignidade e emoção, seus triunfos.
O disco convence o ouvinte nos pequenos detalhes, especialmente nos novos tratamentos que Guilherme e sua competente banda deram às canções consagradas. Como as guitarras pesadas (do veterano Wander Taffo) usadas para introduzir Planeta Água. Ou a batida uptempo que foi imprimida em Coisas do Brasil; os sutis loops eletrônicos inseridos em Cuide-se Bem; e a versão delicada para Amanhã, com uma longa introdução. Loucas Horas foi a que sofreu transformação mais radical, incluindo batida dançante e mais guitarras distorcidas. O melhor de Guilherme, as melodias grudentas, cativantes, está aqui também. Meu Mundo e Nada Mais, ainda uma obra-prima irretocável do pop nacional, soa resistente ao tempo - assim como Um Dia, um Adeus, Cheia de Charme (numa versão toda alegrinha) ou Prontos Para Amar. Depois disso tudo, nem precisava, mas para mostrar seu talento certeiro, resgatou de vozes alheias Aprendendo a Jogar e Lindo Balão Azul. Não precisava, mas mal não fez ao disco. (Marco Antonio Barbosa)
O disco convence o ouvinte nos pequenos detalhes, especialmente nos novos tratamentos que Guilherme e sua competente banda deram às canções consagradas. Como as guitarras pesadas (do veterano Wander Taffo) usadas para introduzir Planeta Água. Ou a batida uptempo que foi imprimida em Coisas do Brasil; os sutis loops eletrônicos inseridos em Cuide-se Bem; e a versão delicada para Amanhã, com uma longa introdução. Loucas Horas foi a que sofreu transformação mais radical, incluindo batida dançante e mais guitarras distorcidas. O melhor de Guilherme, as melodias grudentas, cativantes, está aqui também. Meu Mundo e Nada Mais, ainda uma obra-prima irretocável do pop nacional, soa resistente ao tempo - assim como Um Dia, um Adeus, Cheia de Charme (numa versão toda alegrinha) ou Prontos Para Amar. Depois disso tudo, nem precisava, mas para mostrar seu talento certeiro, resgatou de vozes alheias Aprendendo a Jogar e Lindo Balão Azul. Não precisava, mas mal não fez ao disco. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas