HOMENAGEM A PAULO DA PORTELA
Casquinha / Paulo da Portela / Monarco / Velha Guarda da Portela (2001)
Crítica
Cotação:
Documento histórico antes restrito apenas ao público japonês - que, de uns tempos para cá, saca muito mais de MPB do que qualquer brazuca - Homenagem a Paulo da Portela reúne o fino do samba carioca em um tributo a um de seus patronos. Trabalho delicioso e emocionante, de fazer frente a qualquer Buena Vista por aí, o disco traz (acumulados) centenas de anos do melhor partido alto, recriando as mais famosas canções do fundador da azul-e-branco. Irônico (ou simplesmente triste) é que tenha sido a ação de um japonês, o produtor Katsunori Tanaka, a responsável por este projeto de gala da MPB. Entretanto, muito melhor do que lamentar o descaso e esquecimento etc. é comemorar a chegada tardia deste álbum, lançado originalemente em 1987, às lojas brasileiras.
Paulo da Portela, que chegaria a seu centenário em 2001 se estivesse vivo, ajudou a moldar o samba carioca. Suas harmonias, melodias e a temática urbana de suas letras foram régua e compasso para as gerações posteriores de compositores, portelenses ou não. Mas é na voz dos fiéis acólitos da escola de Madureira que seus versos ganham total propriedade. Ao mesmo tempo em que o disco presta tributo ao legendário compositor, ajuda a jogar mais luz sobre a Velha Guarda, legítimos "portadores da tocha" acesa pelo patriarca. O time reunido nesta Homenagem não é mole não; Monarco, Casquinha, Manacéa, Chico Santana e a "jovem guarda" Cristina Buarque estão entre os nomes incluídos na escalação. Uma vez que a nata da produção de Paulo foi regravada no disco, é desnecessário ficar apontando os melhores momentos. Mas na dúvida, sempre vale conferir a intensa emoção de Linda Borboleta, cantada por Monarco, a leveza presente na ode ao Rio Linda Guanabara (na voz do já falecido Chico Santana) e a trinca Cristina Buarque, Mauro Duarte e Eunice lascando um partidão da melhor qualidade em Quem Espera Sempre Alcança. Mais do que um tributo, este disco bem pode ser a melhor forma de se eternizar as criações de Paulo da Portela. Nem que seja para contrariar o próprio Paulo, que teve sua Meu Nome Já Caiu No Esquecimento incluída no disco.(Marco Antonio Barbosa)
Paulo da Portela, que chegaria a seu centenário em 2001 se estivesse vivo, ajudou a moldar o samba carioca. Suas harmonias, melodias e a temática urbana de suas letras foram régua e compasso para as gerações posteriores de compositores, portelenses ou não. Mas é na voz dos fiéis acólitos da escola de Madureira que seus versos ganham total propriedade. Ao mesmo tempo em que o disco presta tributo ao legendário compositor, ajuda a jogar mais luz sobre a Velha Guarda, legítimos "portadores da tocha" acesa pelo patriarca. O time reunido nesta Homenagem não é mole não; Monarco, Casquinha, Manacéa, Chico Santana e a "jovem guarda" Cristina Buarque estão entre os nomes incluídos na escalação. Uma vez que a nata da produção de Paulo foi regravada no disco, é desnecessário ficar apontando os melhores momentos. Mas na dúvida, sempre vale conferir a intensa emoção de Linda Borboleta, cantada por Monarco, a leveza presente na ode ao Rio Linda Guanabara (na voz do já falecido Chico Santana) e a trinca Cristina Buarque, Mauro Duarte e Eunice lascando um partidão da melhor qualidade em Quem Espera Sempre Alcança. Mais do que um tributo, este disco bem pode ser a melhor forma de se eternizar as criações de Paulo da Portela. Nem que seja para contrariar o próprio Paulo, que teve sua Meu Nome Já Caiu No Esquecimento incluída no disco.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas
Para que havemos de mentir (Paulo da Portela)
Cantar de um rouxinol (Paulo da Portela)
Cantar de um rouxinol (Paulo da Portela)