JÁ É!
Dread Lion (2001)
2001
Independente
DL01331
Crítica
Cotação:
O Dread Lion exibe a qualidade da perseverança, ao lançar seu segundo álbum de forma independente (após uma passagem pela multinacional Sony). O grupo carioca alinha-se naturalmente aos representantes nacionais do reggae mais ortodoxo (Natiruts, Tribo de Jah); ao mesmo tempo em que não evitam sonoridades e formatos mais pop em suas canções, não recaem na síntese mais eclética de Skank e Cidade Negra. Talvez por isso mesmo o sucesso não tenha chegado tão rapidamente para eles. Não por demérito do DL, que faz um reggae simpático e digno, ainda que ocasionalmente ingênuo. Já É repete os acertos e eventuais desacertos do primeiro disco do grupo, mas com um maior foco. O som ficou mais encorpado, com um bom reforço na percussão quebrando a ligeira monotonia dos arranjos. As letras têm pretensões modestas mas não chegam a irritar. Ou seja: sem muito esforço, o grupo mantém-se bem no cenário do reggae brazuca.
O septeto soa vigoroso em músicas como Erga Seus Olhos e Luto Pela Paz, que investem em vagas pretensões humanistas nas letras. Mais românticos e ligeiramente mais pop, conseguem resultados mais redondos em Lado B e Chame-Chame, ambas com melodias mais redondinhas. A melhor sacada do disco, no entanto, são as insinuações de fusões regionais em Tempo Ligeiro, que incorpora um bom naipe de percussão; e o suingue inaudito de Chororô, baseado em um groove de piano Rhodes e scratches. Podia virar reggae do rastafari doido, mas dá certo.(Marco Antonio Barbosa)
O septeto soa vigoroso em músicas como Erga Seus Olhos e Luto Pela Paz, que investem em vagas pretensões humanistas nas letras. Mais românticos e ligeiramente mais pop, conseguem resultados mais redondos em Lado B e Chame-Chame, ambas com melodias mais redondinhas. A melhor sacada do disco, no entanto, são as insinuações de fusões regionais em Tempo Ligeiro, que incorpora um bom naipe de percussão; e o suingue inaudito de Chororô, baseado em um groove de piano Rhodes e scratches. Podia virar reggae do rastafari doido, mas dá certo.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas