KAVOOKAVALA
Raimundos (2002)
Crítica
Cotação: 
Na melhor filosofia "fé em Deus e pé na tábua", os Raimundos fecharam os olhos e dedicaram-se a fazer o que sabem, neste primeiro disco "cheio" sem Rodolfo. Kavookavala, o álbum, "cavuca" uma vaguinha no coração dos antigos fãs da banda, especialmente aqueles que ficaram decepcionados com o som mais eclético (nu-metal?) que o ex-vocalista cunhou com o grupo Rodox. Ao reafirmarem suas profissões de fé, em música e letra, os Raimundos garantem a satisfação dos antigos cativos. Entretanto, estende por mais um disco a questão da relevância (ou falta dela) do grupo - uma questão surgida desde o terceiro trabalho, Lapadas do Povo. A "novidade" no som dos Raimundos se esgotou e eles se dedicam a refazer seus passos, repetindo fórmulas de modo tão claro que até os próprios integrantes da banda admitem o procedimento. Ruim ou bom, este é um julgamento para o público-alvo do grupo resolver.
Noves fora, há o som pesado mas limpinho de sempre, as letras irreverentes e - mérito do grupo - uma aura de "marca registrada" que a banda sempre terá, reconhecível a milhas de distância. Digão canta melhor que Rodolfo e, ironicamente, os versos estão menos carregados de palavrões e sexismo... o que teria sido uma das causas da saída do antigo vocalista. Há extremos sonoros no álbum, ainda que dentro do espectro já conhecido pelos ouvintes da banda. O crossover na borda do heavy (Fique! Fique!, Mas Vó... - esta com a tradicional dinâmica "pesado/leve/pesado") ou do hardcore (Baixo Calão) está de volta. Assim como o sumido forrócore - temperado com reggae - que dá as caras em Pegamutukalá. Entre as duas pontas, há a batida pesadona, com um suingue troncho, da faixa-título (com participação de Derrick Greene, do Sepultura). Mas o recheio fica por conta do bom e véio punk rock veloz mas com melodias cantaroláveis - bons exemplos são Vento Certo, El Mariachi ou Uabarrêba. Variação do mesmo tema é o pop de inspiração "ramônica" (na bem-intitulada Joey e na bem-humorada Princesinha, candidata fácil a nova Selim) que também é uma das marcas da banda. (Marco Antonio Barbosa)
Noves fora, há o som pesado mas limpinho de sempre, as letras irreverentes e - mérito do grupo - uma aura de "marca registrada" que a banda sempre terá, reconhecível a milhas de distância. Digão canta melhor que Rodolfo e, ironicamente, os versos estão menos carregados de palavrões e sexismo... o que teria sido uma das causas da saída do antigo vocalista. Há extremos sonoros no álbum, ainda que dentro do espectro já conhecido pelos ouvintes da banda. O crossover na borda do heavy (Fique! Fique!, Mas Vó... - esta com a tradicional dinâmica "pesado/leve/pesado") ou do hardcore (Baixo Calão) está de volta. Assim como o sumido forrócore - temperado com reggae - que dá as caras em Pegamutukalá. Entre as duas pontas, há a batida pesadona, com um suingue troncho, da faixa-título (com participação de Derrick Greene, do Sepultura). Mas o recheio fica por conta do bom e véio punk rock veloz mas com melodias cantaroláveis - bons exemplos são Vento Certo, El Mariachi ou Uabarrêba. Variação do mesmo tema é o pop de inspiração "ramônica" (na bem-intitulada Joey e na bem-humorada Princesinha, candidata fácil a nova Selim) que também é uma das marcas da banda. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas
