MAD ZOO PRESENTS TECHNOZOIDE - BAD INNONSENSE
Mad Zoo / Laura Finocchiaro / Patricia Marx (2002)
Crítica
Cotação:
Com Bad Innonsense, Marco Antônio Duarte - alterego do produtor e DJ Mad Zoo - apara as pontas do seu passado musical e apruma-se para o presente. A referência ao passado está no próprio título do disco; Technozoide era outro codinome do produtor, quando ele militava na vertente mais pura e "hard" do techno. Do som antigo, voltado explicitamente para as pistas, não sobrou muito. Menos ainda dos antecedentes hip hop do rapaz (ele participou do primeiro disco de rap brasileiro, Hip Hop Cultura de Rua, ainda em 1987). Mad Zoo agora busca a platitude da electronica feita para a cabeça, não para os quadris. O álbum espraia-se por climas tranqüilos, ritmos mais lentos, e uma "humanidade" que não havia antes - cortesia do uso mais extensivo de vocais. Ao mesmo tempo, alinha-se à crescente fila de artistas eletrônicos locais que busca uma maior brasilidade em seu som (as letras são em português). Mais brasileiro, mais relaxado mas com a mesma verve criativa de antes, Mad Zoo preconiza assim seu afastamento do techno de rápido consumo, movido à BPMs, e chama atenção para sua musicalidade.
Junto a Respirar, álbum de Patricia Marx (que aliás participa de Bad Innonsense, cantando em Methamorphosis e Miracles), este disco abre a senda para uma versão brazuca, elegante e loungy do trip hop inglês. Há sombras de bossa nova estilizada, de levadas jazzy e soul - principalmente nas faixas com participação de Rosy Aragão, uma das sete vozes convidadas no álbum. Mesmo investindo explicitamente num clima mais cerebral, Mad Zoo ainda consegue criar balaços dançantes. Mas com muita classe, claro. Isso se nota especialmente na versão renovada de Quadranta, ainda dos tempos do Technozoide (e que chegou a fazer sucesso nas pistas paulistanas), exemplo perfeito do novo Mad Zoo. As batidas e o clima pesado da versão anterior foram abrandados, mas o potencial continua lá. Para dançar de salto alto.(Marco Antonio Barbosa)
Junto a Respirar, álbum de Patricia Marx (que aliás participa de Bad Innonsense, cantando em Methamorphosis e Miracles), este disco abre a senda para uma versão brazuca, elegante e loungy do trip hop inglês. Há sombras de bossa nova estilizada, de levadas jazzy e soul - principalmente nas faixas com participação de Rosy Aragão, uma das sete vozes convidadas no álbum. Mesmo investindo explicitamente num clima mais cerebral, Mad Zoo ainda consegue criar balaços dançantes. Mas com muita classe, claro. Isso se nota especialmente na versão renovada de Quadranta, ainda dos tempos do Technozoide (e que chegou a fazer sucesso nas pistas paulistanas), exemplo perfeito do novo Mad Zoo. As batidas e o clima pesado da versão anterior foram abrandados, mas o potencial continua lá. Para dançar de salto alto.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas