MARUBÁ
Dil Fonseca (2000)
2000
Independente
DIL2000
Crítica
Cotação:
Depois de morar quatro anos na Amazônia com os índios Waimiri-Atroari e escrever o dicionário Waimiri-Português/Português-Waimiri, o músico Dil Fonseca aproveitou a palavra Marubá – que significa festa, celebração – para batizar seu primeiro disco solo. O cantor, violonista e compositor pretende fazer uma celebração da música brasileira, juntando samba, coco, baião, bossa nova e outras brasilidades. O resultado tem altos e baixos – mais altos que baixos, como o ótimo Sambeto, uma homenagem ao gênero ("Eu não nasci com o samba/ no samba não me criei/ mas o danado do samba...") ou a instrumental Pedal, só com violão e percussão.
A faixa que abre o disco, Marubá, promete uma grande festa, mas pelo visto a animação ficou restrita ao estúdio – nada menos que 14 músicos participam da gravação. Em seguida, a bela balada valsada Paulo, celebrando a capital paulista, apesar da melodia inspirada, exagera um pouco nos saxofones a la Kenny G e nas mesóclises ("São Paulo o mar espera-te/ em mil canções cantar-te-ei"). Boreste, de Dil e Marcos Sacramento, é puro Djavan, e a bossa Nau do Amor conta com a participação da cantora Rita Peixoto. Há ainda boas participações dos pianistas Carlos Fuchs e Délia Fischer, entre outros instrumentistas. Depois do animado e bem-elaborado samba Bobagem, Dil ainda apresenta uma pequena versão orquestral do descobrimento com Escorrer, para encerrar o disco com a intimista Nu.
Músico experiente, que participou de diversos eventos, festivais e projetos, Dil Fonseca é ótimo violonista (teve aulas com Marco Pereira, entre outros mestres), mas como cantor é apenas correto, a ponto de não comprometer suas composições. Seu disco de estréia é um gostoso passeio pela música brasileira, cheio de sotaques diferentes e interessantes. Pena que a produção, bem acabada, peque pela capa, que parece pôr o compositor no meio de um incêndio.
O disco pode ser adquirido pelo site http://dilfonseca.tripod.com (Nana Vaz de Castro)
A faixa que abre o disco, Marubá, promete uma grande festa, mas pelo visto a animação ficou restrita ao estúdio – nada menos que 14 músicos participam da gravação. Em seguida, a bela balada valsada Paulo, celebrando a capital paulista, apesar da melodia inspirada, exagera um pouco nos saxofones a la Kenny G e nas mesóclises ("São Paulo o mar espera-te/ em mil canções cantar-te-ei"). Boreste, de Dil e Marcos Sacramento, é puro Djavan, e a bossa Nau do Amor conta com a participação da cantora Rita Peixoto. Há ainda boas participações dos pianistas Carlos Fuchs e Délia Fischer, entre outros instrumentistas. Depois do animado e bem-elaborado samba Bobagem, Dil ainda apresenta uma pequena versão orquestral do descobrimento com Escorrer, para encerrar o disco com a intimista Nu.
Músico experiente, que participou de diversos eventos, festivais e projetos, Dil Fonseca é ótimo violonista (teve aulas com Marco Pereira, entre outros mestres), mas como cantor é apenas correto, a ponto de não comprometer suas composições. Seu disco de estréia é um gostoso passeio pela música brasileira, cheio de sotaques diferentes e interessantes. Pena que a produção, bem acabada, peque pela capa, que parece pôr o compositor no meio de um incêndio.
O disco pode ser adquirido pelo site http://dilfonseca.tripod.com (Nana Vaz de Castro)
Faixas