MC'S HC
Mc's Hc (2001)
Crítica
Cotação:
É para rir, claro. Os MC's HC não veêm problema nenhum em misturar rock, o pancadão dos bailes funk cariocas e - principalmente - doses maciças de hilariedade. A extrema cara-de-pau da banda (inerente às bandas do dito Miami rock, como a Comunidade Nin-Jitsu e a penúltima formação do DeFalla) é perdoável pelo inovador absurdo da proposta sonora. E também pelo extremo bom humor, que abunda (perdão pelo trocadilho) no álbum e que deve estar presente no espírito de todos os ouvintes. É para ouvir rindo; quem não estiver disposto, possivelmente vai detestar o grupo.
A pista do som do grupo já tinha sido dado por álbuns como Maicou Douglas Syndrome, do Comunidade, e o infame Miami Rock 2000, do DeFalla. Há uma vantagem inegável para os MC's: eles são do subúrbio carioca, e o funk está literalmente por todos os lados em suas vidas e formação musical. Outra referência são os Beastie Boys dos primeiros anos, que merecem até citação da sua Hey Ladies em I Need You. E também os Funk Fuckers de BNegão (atualmente no Planet Hemp). Mas qualquer tentativa de teorização sobre a música dos MC's cai por terra logo na primeira faixa (depois da abertura Ultimate Funk!!!), com os vocais da dupla de popozudas Carla e Luiza introduzindo Mr.DJ. Não resta dúvida: é som de festa, e também para dar altas gargalhadas. A "climática" Supersonic Song e uma esperta guitarrinha de surf music (em Tá Sozinho?) são quebras na seqüência de pancadões. O resto do álbum traz os vocalistas Smile MC - este com uma performance sempre engraçada - Rabu e Babous Crazy se esgoelando no melhor estilo das "montagens" suburbanas do Rio. Provocantes que só, as garotas soltam o gogó nos refrões. A produção de Rafael Ramos amenizou o peso que o grupo tem ao vivo, mas as guitarras ainda disputam bem o espaço com as bases eletrônicas qualquer-nota. É claro que não dá para levar a sério uma banda cujas vocalistas cantam "Diz que eu sou sacana, tô querendo aparecer / Me chama de canalha, é o que eu quero ser". Mas também tem de ser muito mal-humorado para não simpatizar com eles. (Marco Antonio Barbosa)
A pista do som do grupo já tinha sido dado por álbuns como Maicou Douglas Syndrome, do Comunidade, e o infame Miami Rock 2000, do DeFalla. Há uma vantagem inegável para os MC's: eles são do subúrbio carioca, e o funk está literalmente por todos os lados em suas vidas e formação musical. Outra referência são os Beastie Boys dos primeiros anos, que merecem até citação da sua Hey Ladies em I Need You. E também os Funk Fuckers de BNegão (atualmente no Planet Hemp). Mas qualquer tentativa de teorização sobre a música dos MC's cai por terra logo na primeira faixa (depois da abertura Ultimate Funk!!!), com os vocais da dupla de popozudas Carla e Luiza introduzindo Mr.DJ. Não resta dúvida: é som de festa, e também para dar altas gargalhadas. A "climática" Supersonic Song e uma esperta guitarrinha de surf music (em Tá Sozinho?) são quebras na seqüência de pancadões. O resto do álbum traz os vocalistas Smile MC - este com uma performance sempre engraçada - Rabu e Babous Crazy se esgoelando no melhor estilo das "montagens" suburbanas do Rio. Provocantes que só, as garotas soltam o gogó nos refrões. A produção de Rafael Ramos amenizou o peso que o grupo tem ao vivo, mas as guitarras ainda disputam bem o espaço com as bases eletrônicas qualquer-nota. É claro que não dá para levar a sério uma banda cujas vocalistas cantam "Diz que eu sou sacana, tô querendo aparecer / Me chama de canalha, é o que eu quero ser". Mas também tem de ser muito mal-humorado para não simpatizar com eles. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas
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