MEU LUGAR
MC Jack (2001)
Crítica
Cotação:
Ele é old school legítima - chegou a participar do lendário Hip Hop Cultura de Rua, primeiro álbum do rap nacional, lançado em 1988. Sumido há quase dez anos, MC Jack reivindica seu lugar no hip hop paulista com um álbum vigoroso, que alia seu velho estilo de rap (que não mudou muito com o tempo) a uma sonoridade atualizada e fresca. O interessante é que boa parte do disco é feita de material antigo, músicas beirando os 15 anos de idade. Assumindo também a produção, Jack traz sua malandragem para o estúdio revestindo-a de influências do toast jamaicano, do samba-rock e do jazz. Funciona legal, ainda mais nas faixas que contam com instrumentistas de verdade (baixo/guitarra/bateria), valorizando as bases programadas. Além de versador antenado (que investe mais no bom-humor e nas mensagens positivas, ao invés de só registrar a barra pesada), Jack demonstra habilidade também nos scratches e nas colagens de samples.
A proclamatória faixa-título abre o álbum e demonstra a fome de bola do rapper no estúdio: misturando citações que vão de Thaíde a Originais do Samba, Jack capricha na costura sonora e sai-se bem. Outros bons exemplos de uso criativo de sons alheios é a pesada Criadores de Leis, com a presença dos manos do Criminal D, e a colagem surpreendente de Vida e Morte Severino (que cola suingue jorgebeniano com baixão jazzístico e backing vocals cheios de soul). A referência jamaicana sobrevêm nas faixas Sabe Nada e Meu Mundo, ambas com vocais de Toaster Eddie e bons grooves criados no baixo e bateria "humanos". Quando descola dos instrumentistas e faz tudo sozinho (caso de O Preço de Viagem, programada inteiramente por ele), Jack também faz bonito.(Marco Antonio Barbosa)
A proclamatória faixa-título abre o álbum e demonstra a fome de bola do rapper no estúdio: misturando citações que vão de Thaíde a Originais do Samba, Jack capricha na costura sonora e sai-se bem. Outros bons exemplos de uso criativo de sons alheios é a pesada Criadores de Leis, com a presença dos manos do Criminal D, e a colagem surpreendente de Vida e Morte Severino (que cola suingue jorgebeniano com baixão jazzístico e backing vocals cheios de soul). A referência jamaicana sobrevêm nas faixas Sabe Nada e Meu Mundo, ambas com vocais de Toaster Eddie e bons grooves criados no baixo e bateria "humanos". Quando descola dos instrumentistas e faz tudo sozinho (caso de O Preço de Viagem, programada inteiramente por ele), Jack também faz bonito.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas