NADA VIRTUAL
Bena Lobo (2000)
Crítica
Cotação:
Filho (Edu Lobo) e neto (Fernando Lobo), Bena Lobo há sete anos ralando em shows, estréia em CD cercado de participações especiais estelares e carinhosas. O pai dá uma força nos contracantos do baião Mundo – tema social de abordagem light se comparado aos tempos de guerra cantados por Edu em Aleluia, Borandá ou Vento Bravo. Milton Nascimento dueta em Voz e Breu e Chico Buarque contracena agudo no samba Chafariz (Bena Lobo/ Rogê/ Pedro Hollanda), que evoca os primeiros tempos do compositor de A Banda. Mas Nada Virtual – que traz ainda na faixa título uma intervenção dialogada com Seu Jorge (ex-Farofa Carioca) e ginga com Thalma de Freitas em Derradeiro Amor – não é uma ode ao passado glorioso da MPB. Através de arranjos funcionais e uma escolha de timbres moderna, Bena dá um trato renovador no samba quebrado de Djavan (Avião), no baião paterno Lero Lero além das composições próprias e com parceiros que povoam a maior parte do disco como a lenta (e trabalhada) canção Raio de Luar (com Bia Paes Leme e Dudu Falcão) e o reggae Raio da Paixão (com Fábio Assunção). Nada que derrube as prateleiras da MPB, mas uma estréia segura de quem pode levar o barco adiante a um porto novo.(Tárik de Souza)
Faixas