NICANOR TEIXEIRA POR 28 GRANDES INTÉRPRETES
Nicanor Teixeira (2001)
Crítica
Cotação:
Pouco conhecido fora do circuito dos violonistas brasileiros, o baiano Nicanor Teixeira tem enfim, aos 72 anos, seu talento reconhecido neste disco-homenagem, que junta um bom time de músicos para interpretar 19 composições de sua autoria. O próprio Nicanor participa, tocando sozinho, da valsa dolente Olhos que Choram e da peça Romaria do Bom Jesus da Lapa, ao lado de Bartholomeu Wiese, Nelson Caiado e Maria Haro, esta última autora de uma dissertação de mestrado sobre o compositor. Nicanor é compositor eclético, que traz em sua música retratos de sua trajetória desde Barra do Mendes, pequeno lugarejo onde nasceu, passando pela mudança para o Rio de Janeiro em fins da década de 40 (onde estudou com Dilermando Reis e ganhou um prêmio acumulado no programa de calouros de Ary Barroso), até as relações com os mestres do violão clássico, como Tárrega e Sor. Assim, encontramos no repertório peças de forte caráter nordestino, como a litúrgica Procissão ou João Benta no Forró (em homenagem ao sanfoneiro João Benta, com quem tocava ainda na Bahia, na adolescência), ao lado de verdadeiros estudos de concerto, como Concertante ou Estudo Brilhante, passando ainda por choros como Carioca 1, gravado aqui pelo mesmo Turíbio Santos (acompanhado pelo Galo Preto) que já o havia registrado em disco em 1977.
Há ainda prelúdios de menos de um minuto e peças que mais parecem suítes, como João Benta e Romaria..., que alternam momentos diversos, mais introspectivos ou mais festeiros, mais lentos ou mais rápidos. Todas as faixas, no entanto, são amalgamadas por um toque brasileiro comum, interpretado de maneira particular por cada um dos intérpretes. Solos, duos, trios e quartetos, as combinações são mais um fator para realçar o ecletismo e as múltiplas possibilidades das composições, como o delicioso frevo Se Enxerga, Muié, com violão e percussão, ou Mariquinha Duas Covas (bandolim, violão e percussão), peça presente no repertório de muitas orquestras de violões. A equipe de feras como Jodacil Damasceno, Nícolas de Souza Barros e Guinga traz duas atrações especiais: os jovens violonistas João Rabello de Faria, sobrinho de Raphael Rabello, filho de Paulinho da Viola e neto de César Faria, mostrando desenvoltura no Cateretê das Farinhas, e Alexandre Gismonti, que divide a última faixa (Velha Lembrança) com o pai Egberto nos teclados. Aos 16 anos, os dois representam a quarta geração de violonistas do disco, um feliz contraponto com o novato septuagenário Nicanor.(Nana Vaz de Castro)
Há ainda prelúdios de menos de um minuto e peças que mais parecem suítes, como João Benta e Romaria..., que alternam momentos diversos, mais introspectivos ou mais festeiros, mais lentos ou mais rápidos. Todas as faixas, no entanto, são amalgamadas por um toque brasileiro comum, interpretado de maneira particular por cada um dos intérpretes. Solos, duos, trios e quartetos, as combinações são mais um fator para realçar o ecletismo e as múltiplas possibilidades das composições, como o delicioso frevo Se Enxerga, Muié, com violão e percussão, ou Mariquinha Duas Covas (bandolim, violão e percussão), peça presente no repertório de muitas orquestras de violões. A equipe de feras como Jodacil Damasceno, Nícolas de Souza Barros e Guinga traz duas atrações especiais: os jovens violonistas João Rabello de Faria, sobrinho de Raphael Rabello, filho de Paulinho da Viola e neto de César Faria, mostrando desenvoltura no Cateretê das Farinhas, e Alexandre Gismonti, que divide a última faixa (Velha Lembrança) com o pai Egberto nos teclados. Aos 16 anos, os dois representam a quarta geração de violonistas do disco, um feliz contraponto com o novato septuagenário Nicanor.(Nana Vaz de Castro)
Faixas
(por Turíbio Santos e Galo Preto)
(por Nicanor Teixeira)
(por Guinga)
(por Marcos Farina e Luiz Otávio Braga)
(por Nicanor Teixeira, Maria Haro, Bartholomeu Wiese e Nelson Caiado)
(por Bartholomeu Wiese)
(por Jodacil Damaceno)
(por Jodacil Damaceno)
(por Jodacil Damaceno)
(por Marcus Llerena, Chuang Yu Ting, Vera Andrade e Felipe Freire)
(por Maria Haro, Bartholomeu Wiese, Marcus Ferrer e Luciana Requião)
(por Afonso Machado, Bartholomeu Wiese e André Boxexa)
(por Léo Soares)
(por Maria Haro e Rodolfo Cardoso)
(por Cláudio Tupinambá)
(por Nicholas de Souza Barros)
(por Graça Alan, Vera Andrade e Nelson Caiado)
(por João Rabello de Faria)
(por Alexandre Gismonti e Egberto Gismonti)