NOSSAS CANÇÕES
Sergio Reis (2001)
2001
Som Livre
7503-2
Crítica
Cotação:
Como se sabe, Roberto Carlos vem impedindo sistematicamente regravações de músicas que levem sua assinatura. O que não impede os mais malandros de tentarem arrumar um trocado em cima da obra do Rei, né? O mais novo caso é Nossas Canções, de Sérgio Reis, com repertório calcado em sucessos celebrizados por RC, mas não compostos por ele. Não se pode dizer que Serjão esteja embarcando no comercialismo com o disco. É um trabalho honesto, ainda que claramente conservador (e tem coisa mais conservadora que fã de Sérgio Reis?!) e sem maiores pretensões. Reis evita os excessos derramados dos ícones do breganejo em um álbum contido e limpo - a produção de Tony Campello pode ter ajudado nisso. O repertório, em sua maior parte, ajuda: mesmo incorrendo na obviedade, coisas como Como Vai Você e Outra Vez são quase sempre infalíveis.
O sotaque sertanejo-romântico domina o álbum, seguindo a tônica da carreira de Sérgio desde o final da Jovem Guarda. Tirando uma ou outra escorregada (como os teclados breguinhas de A Namorada), o resultado soa digno. Há espaço para aproximações à "raiz" - as violas caipiras em Com Muito Amor e Carinho são um exemplo - e também em direção a uma síntese mais pop. As faixas O Homem Bom e Vivendo por Viver enquadram-se nesse capítulo, ainda que os arranjos de cordas e a voz empostada demais cheirem à naftalina. Entre tantos sucessos derramados, a menos conhecida Abandono sobra como a melhor versão do disco, surpreendendo pela delicadeza. (Marco Antonio Barbosa)
O sotaque sertanejo-romântico domina o álbum, seguindo a tônica da carreira de Sérgio desde o final da Jovem Guarda. Tirando uma ou outra escorregada (como os teclados breguinhas de A Namorada), o resultado soa digno. Há espaço para aproximações à "raiz" - as violas caipiras em Com Muito Amor e Carinho são um exemplo - e também em direção a uma síntese mais pop. As faixas O Homem Bom e Vivendo por Viver enquadram-se nesse capítulo, ainda que os arranjos de cordas e a voz empostada demais cheirem à naftalina. Entre tantos sucessos derramados, a menos conhecida Abandono sobra como a melhor versão do disco, surpreendendo pela delicadeza. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas