O MELHOR DE VICENTE BARRETO
Vicente Barreto (2001)
Crítica
Cotação:
Compositor com mais de 20 anos de experiência, gravado por muitos intérpretes (Ney Matogrosso, Mônica Salmaso, Quinteto Violado, Alceu Valença, seu parceiro no sucesso Tropicana), o baiano Vicente Barreto lança agora pela Dabliú sua primeira coletânea, englobando a produção dos três últimos de seus sete discos gravados desde 1980. Com seu violão de pegada limpa e precisa (como fica patente em Mão Direita, por exemplo, faixa-título de seu CD de 96), Barreto passeia por ritmos brasileiros com desenvoltura, de sambas (Por um Fio) e toadas (Toada da Lua) até o pop jorgebeniano (Suinguiando o Coração, uma das mais interessantes do disco) e a levada reggae (Talvez Você), ao longo de 15 faixas. As diferentes etapas por que passou Barreto ao longo dos anos ficam claras, em especial no que diz respeito aos arranjos e produção, já que sua voz e violão não apresentam grande variação. Inclusive, alguns dos melhores momentos são aqueles em que se explora mais o instrumento.
Há no disco desde bons momentos com quarteto de cordas, como Longa Estrada, até teclados dispensáveis, como em Toada da Lua (que começa entretanto com os ótimos violões, de nylon e 12 cordas, do Duofel), Ano Bom ou Hein?, parceria com Tom Zé. Inversamente, as faixas que mais se destacam são as de seu disco mais recente, E a Turma Chegando pra Dançar, de 99. Menino Pandeiro, A Cara do Brasil e Suinguiando o Coração exibem sotaques contemporâneos sem perder o toque regional que pontua o trabalho do compositor, numa bem-sucedida mistura, de um artista que se moderniza sem se descaracterizar. Mas seu maior sucesso, Tropicana, merecia uma versão melhor do que a apresentada no CD, tirada do disco Ano Bom, de 95, com acompanhamento rígido demais para uma música que se popularizou na voz de Alceu, marcada pela sensualidade e requebrado inerentes. O disco traz ainda uma música inédita, Cisma, que abre o repertório.(Nana Vaz de Castro)
Há no disco desde bons momentos com quarteto de cordas, como Longa Estrada, até teclados dispensáveis, como em Toada da Lua (que começa entretanto com os ótimos violões, de nylon e 12 cordas, do Duofel), Ano Bom ou Hein?, parceria com Tom Zé. Inversamente, as faixas que mais se destacam são as de seu disco mais recente, E a Turma Chegando pra Dançar, de 99. Menino Pandeiro, A Cara do Brasil e Suinguiando o Coração exibem sotaques contemporâneos sem perder o toque regional que pontua o trabalho do compositor, numa bem-sucedida mistura, de um artista que se moderniza sem se descaracterizar. Mas seu maior sucesso, Tropicana, merecia uma versão melhor do que a apresentada no CD, tirada do disco Ano Bom, de 95, com acompanhamento rígido demais para uma música que se popularizou na voz de Alceu, marcada pela sensualidade e requebrado inerentes. O disco traz ainda uma música inédita, Cisma, que abre o repertório.(Nana Vaz de Castro)
Faixas