O SAMBA É MINHA NOBREZA
Vários Intérpretes (2002)
2002
Biscoito Fino
BF516
Crítica
Cotação:
Nobreza é apelido. Este CD duplo, versão "doméstica" do espetáculo produzido por Hermínio
Bello de Carvalho (e que ainda está em cartaz no Rio de Janeiro), eleva a genealogia do
samba carioca a seu devido nível de realeza, conduzido por quem mais entende do riscado.
Comandado por Roberto Silva e Cristina Buarque, um time invejável de talentos novos e
antigos escarafuncha com propriedade o acervo de sambas nascidos no Rio nos anos 30,
40 e 50. Não havia erro possível no projeto; trabalho de fino artesanato de Hermínio
(pesquisador e organizador geral), que dividiu as músicas em blocos temáticos e botou
ordem na rapaziada. Com a base criada pelo veterano produtor, ficou facílimo para Roberto,
Cristina & cia. mostrarem o melhor de sua arte, num álbum que resgata com bom gosto e
respeito (mas sem saudosismo fossilizado) lances preciosos de uma tradição que não morre
- apesar da batalha contra os bregodes e quetais.
Os blocos dos dois discos (O Samba por Ele Mesmo: Sua História; Alvorada: O Amanhecer no Morro; Batuque na Cozinha: Sambas de Trabalho e Algaravias; Sambas de Machismo; O Vil Metal: Sambas de Miserê; e A Dinastia e a Nobreza do Samba) proporcionam uma viagem imaginária pela evolução e consolidação do samba como legítima música urbana carioca. Uma viagem saborosa como poucas, guiada pela voz de Roberto Silva (ainda firme e macia, aos 82 anos) e pelas intervenções não raro bem-humoradas de Cristina Buarque. Secunda a dupla uma turma de músicos devidamente regida por Paulão Sete Cordas, outro craque de alta confiabilidade, que dispensou firulas e experimentações. Foi na boa e catou percussão rica em timbres, cavaquinho, violões e metais, tudo com uma exuberância sonora à altura da gala musical selecionada para o disco. Não faltam clássicos no álbum (Batuque na Cozinha, de João da Baiana; Ai, Que Saudades da Amélia, de Mario Lago e Ataulfo Alves; e Alvorada, de Cartola são apenas alguns exemplos), mas as surpresas também ocupam lugar de destaque. Como o samba inédito que dá título ao disco/show, síntese atualíssima da riqueza da tradição resumida aqui, e a inédita de Cartola Vou Contar Tintin por Tintin. Complementos perfeitos para um songbook belíssimo do melhor dos batuques. (Marco Antonio Barbosa)
Os blocos dos dois discos (O Samba por Ele Mesmo: Sua História; Alvorada: O Amanhecer no Morro; Batuque na Cozinha: Sambas de Trabalho e Algaravias; Sambas de Machismo; O Vil Metal: Sambas de Miserê; e A Dinastia e a Nobreza do Samba) proporcionam uma viagem imaginária pela evolução e consolidação do samba como legítima música urbana carioca. Uma viagem saborosa como poucas, guiada pela voz de Roberto Silva (ainda firme e macia, aos 82 anos) e pelas intervenções não raro bem-humoradas de Cristina Buarque. Secunda a dupla uma turma de músicos devidamente regida por Paulão Sete Cordas, outro craque de alta confiabilidade, que dispensou firulas e experimentações. Foi na boa e catou percussão rica em timbres, cavaquinho, violões e metais, tudo com uma exuberância sonora à altura da gala musical selecionada para o disco. Não faltam clássicos no álbum (Batuque na Cozinha, de João da Baiana; Ai, Que Saudades da Amélia, de Mario Lago e Ataulfo Alves; e Alvorada, de Cartola são apenas alguns exemplos), mas as surpresas também ocupam lugar de destaque. Como o samba inédito que dá título ao disco/show, síntese atualíssima da riqueza da tradição resumida aqui, e a inédita de Cartola Vou Contar Tintin por Tintin. Complementos perfeitos para um songbook belíssimo do melhor dos batuques. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas
DISCO 1
Primeira Escola (Pereira Matos, Joel de Almeida)
Quem vem lá? (Bide, Marçal)
Queremos ver (Antônio Caetano, Monarco)
Mangueira, não (Herivelto Martins, Grande Otelo)
Silenciar a Mangueira (Cartola)
A voz do morro (Zé Kéti)
O samba é minha nobreza (Teresa Cristina, Hermínio Bello de Carvalho, Luciane Menezes)
Quem vem lá? (Bide, Marçal)
Queremos ver (Antônio Caetano, Monarco)
Mangueira, não (Herivelto Martins, Grande Otelo)
Silenciar a Mangueira (Cartola)
A voz do morro (Zé Kéti)
O samba é minha nobreza (Teresa Cristina, Hermínio Bello de Carvalho, Luciane Menezes)
Gorgear da passarada (Casquinha, Argemiro)
Ao romper da aurora (Ismael Silva, Francisco Alves, Lamartine Babo)
Na linha do mar (Paulinho da Viola)
Manhã brasileira (Manacéa)
Esta melodia (Bubu, Jamelão)
Ao romper da aurora (Ismael Silva, Francisco Alves, Lamartine Babo)
Na linha do mar (Paulinho da Viola)
Manhã brasileira (Manacéa)
Esta melodia (Bubu, Jamelão)
Malandro pasteleiro (João da Baiana)
Quando a polícia chegar (João da Baiana)
Patrão, prenda seu gado (Pixinguinha, Donga, João da Baiana)
Quando a polícia chegar (João da Baiana)
Patrão, prenda seu gado (Pixinguinha, Donga, João da Baiana)
Não é economia (Wilson Batista, Haroldo Lobo)
Eu não sou louco (Lupicínio Rodrigues, Evaldo Rui)
Tens de compreender (Nássara)
Falta um zero no meu ordenado (Ary Barroso, Benedito Lacerda)
Salário mínimo (Ernâni Alvarenga)
Eu não sou louco (Lupicínio Rodrigues, Evaldo Rui)
Tens de compreender (Nássara)
Falta um zero no meu ordenado (Ary Barroso, Benedito Lacerda)
Salário mínimo (Ernâni Alvarenga)
Marido da orgia (Ciro de Souza)
Amor de malandro (Ismael Silva, Francisco Alves)
Vou contar tintim por tintim (Cartola)
Dinheiro não há (Ernâni Alvarenga)
Se essa mulher fosse minha (autor desconhecido)
Amor de malandro (Ismael Silva, Francisco Alves)
Vou contar tintim por tintim (Cartola)
Dinheiro não há (Ernâni Alvarenga)
Se essa mulher fosse minha (autor desconhecido)
É pancada (Ernâni Alvarenga)
Vai trabalhar (Ciro de Souza)
O dinheiro que ganho (Assis Valente)
Inimigo do batente (Wilson Batista, Germano Augusto)
O vento que venta lá (Ataulfo Alves)
Vai trabalhar (Ciro de Souza)
O dinheiro que ganho (Assis Valente)
Inimigo do batente (Wilson Batista, Germano Augusto)
O vento que venta lá (Ataulfo Alves)
DISCO 2
Coitado do Edgar (Benedito Lacerda, Haroldo Lobo)
Volte pro morro (Benedito Lacerda, Darcy de Oliveira)
Se eu pudesse (Zé da Zilda, Germano Augusto)
Volte pro morro (Benedito Lacerda, Darcy de Oliveira)
Se eu pudesse (Zé da Zilda, Germano Augusto)
Boogie Woogie na favela (Denis Brean)
Pisei num despacho (Geraldo Pereira, Elpídio Viana)
Você está sumindo (Geraldo Pereira, Jorge de Castro)
Você está sumindo (Geraldo Pereira, Jorge de Castro)
Comigo não (Ciro de Souza)
Calo de estimação (Zé da Zilda, José Tadeu)
Vaidosa (Herivelto Martins, Artur Moraes)
O que é que eu dou (Dorival Caymmi, Antonio Almeida)
Calo de estimação (Zé da Zilda, José Tadeu)
Vaidosa (Herivelto Martins, Artur Moraes)
O que é que eu dou (Dorival Caymmi, Antonio Almeida)
Só vendo que beleza (Henricão, Rubens Campos)
Minha palhoça (J. Cascata)
Minha palhoça (J. Cascata)
Tá maluca (Wilson Batista, Germano Augusto)
Eu não sou pano de prato (Mario Lago, Roberto Martins)
Não irei lhe buscar (Ataulfo Alves)
Eu não sou pano de prato (Mario Lago, Roberto Martins)
Não irei lhe buscar (Ataulfo Alves)
Cuidado vovó (Tio Hélio, Nilton Campolino)
Candeeiro (Teresa Cristina)
Candeeiro (Teresa Cristina)
Adeus, mocidade (Benedito Lacerda, Roberto Martins)
Alegria (Assis Valente, Durval Maia)
O samba é minha nobreza (Teresa Cristina, Hermínio Bello de Carvalho, Luciane Menezes)
Alegria (Assis Valente, Durval Maia)
O samba é minha nobreza (Teresa Cristina, Hermínio Bello de Carvalho, Luciane Menezes)