O SOPRO DO ESPÍRITO - BARROSINHO & MARACATAMBA
Barrosinho (1998)
Crítica
Cotação:
O trompetista Barrosinho (ou José Carlos Barroso) se aproveita de suas décadas de experiência profissional para destilar neste disco o melhor do seu maracatamba, a mistura de maracatu e samba que desenvolve desde a década de 80. E, claro, com a roupagem do jazz, vestida com muita disposição pela banda, que conta com Tomás Improta (teclados), Carlos Pontual (baixo), Jacutinga (bateria), Darcy da Serrinha e Dom Gravata (percussões) e Gabriel Improta (violão). Suingue não falta, tanto nas composições de Barrosinho (com destaque para as loucuras de Rio de Jauleira e para a placidez de Amay, só com trompete e violão) quanto nas releituras de Something’s Gotta Give, de Johnny Mercer, Feitio de Oração, de Noel, Caravan, de Duke Ellington, e até uma aventura pelo pianismo de Claude Debussy (1862-1918) transportado para o trompete no Rêverie, música que já ganhou letra e foi cantada por Ella Fitzgerald. Barrosinho, ex-Banda Black Rio, continua tocando o fino do trompete, caprichando nas improvisações e se arriscando em algumas faixas nas percussões. O suporte instrumental da afinada banda promove a combinação de sucesso, para os fãs de jazz que gostam de dançar.(Nana Vaz de Castro)
Faixas