PÉROLAS - JORGE BENJOR
Jorge Ben Jor (2000)
2000
Som Livre
6003/2
Crítica
Cotação:
A fase Som Livre do Babulina (ainda Jorge Ben, sem o Jor) pega do final dos 70 a meados dos 80. É uma produção irregular (incorpora da influência disco ao funk acoplado ao samba), mas os saltos mortais compensam as pisadas em falso deste genial acrobata sem rede. A maior parte deles consta dessa seleção que despreza informações no encarte. Do clássico Todo Dia Era Dia de Índio (Curumim Chama Cunhatã Que Eu Vou Contar) numa gravação antológica, a Ive Brussel em dueto com Caetano Veloso, o original samba-enredo O Dia em Que o Sol Declarou seu Amor pela Terra além dos prefixos de suas apresentações (A Banda do Zé Pretinho, Salve Simpatia) e sucessos de porte mediano como A Cegonha Me Deixou em Madureira, Oé Oé (Faz o Carro de Boi na Estrada), Santa Clara Clareou, Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite Amor e um pot-pourri de êxitos que destaca um monumental Taj Mahal de versões menos inspiradas de Fio Maravilha (já trocada por Filho Maravilha por causa do processo movido pelo ex-jogador Fio do Flamengo) e País Tropical. A seleção inclui com argúcia duas jóias que não foram sucesso, o sincopado Berenice e Pelos Verdes Mares, onde o rei do ritmo retoma o groove de violão original dos tempos de Mas, Que Nada e Por Causa de Você, Menina. Mas a antologia deixa de fora além do belo oratório Menino Jesus de Praga, o sofrido Amante Amado, o aliciante Denise Rei e outra pequena obra-prima ainda mais obscura Luis Wagner Guitarreiro (do disco Bem-Vinda Amizade, de 1981), que celebra tanto o guitarrista do samba rock inspirado pelo próprio Ben quanto o casamento de Charles & Diana, num toque de surrealismo absolutamente benjoriano.(Tárik de Souza)
Faixas