PRA ONDE FOR, ME LEVE
Fat Family (2001)
Crítica
Cotação:
O grupo Fat Family tenta transplantar a música negra americana - o soul, o funk e o moderno rhythm'n'blues - para um formato digerível pelas massas nativas compradoras de discos. Com uma ênfase natural no romantismo. Posto que o objetivo dos sete irmãos fofinhos é só este, Pra Onde For, Me Leva é um produto mais do que bem-sucedido. Composto basicamente por versões traduzidas de sucessos black importados, o álbum tem produção correta (com sonoridade compatível com a música negra contemporânea ianque, mas sem tanto requinte) e boas performances vocais dos brothers paulistanos. Quem busca originalidade ou mesmo um caminho diferente dentro da pipocante música negra brasileira versão 2001, vai ficar frustrado. A grande maioria que não está nem aí para isso poderá se divertir e muito com o disco, que definitivamente não ofende ninguém.
Sem disposição nenhuma para arriscar um jogo já ganho, os vocalistas e o produtor Torcuato Mariano só pegaram hits ultra-consagrados. Easy, dos Commodores, vira Impossível; September, do Earth, Wind and Fire, chega como Setembro, Ordinary Pain, de Stevie Wonder, agora é Pé na Tábua... O tom "charmeiro" domina o disco, dando as cartas na maioria das faixas. A sucessão de faixas lentas e "babosas", com letras celebrando um romantismo banal, enfraquece um pouco o resultado final. Ainda assim, há espaço para balanços mais dançantes, como Setembro e Eu Vou Pra Night (versão de I Love the Nightlife, clássico da discothèque). Da safra black brazuca, eles também vão no óbvio: Fim de Tarde, grande sucesso com Cláudia Telles nos anos 70, é recriada com fidelidade ao original. Também tem músicas inéditas, que por pouco não passam batidas. Bobagens agradáveis como Curtir um Som - e seu descarado decalque de Barry White - e Desengano são apenas bônus. Ou, como os irmãos gordinhos devem preferir, a cereja do sundae. (Marco Antonio Barbosa)
Sem disposição nenhuma para arriscar um jogo já ganho, os vocalistas e o produtor Torcuato Mariano só pegaram hits ultra-consagrados. Easy, dos Commodores, vira Impossível; September, do Earth, Wind and Fire, chega como Setembro, Ordinary Pain, de Stevie Wonder, agora é Pé na Tábua... O tom "charmeiro" domina o disco, dando as cartas na maioria das faixas. A sucessão de faixas lentas e "babosas", com letras celebrando um romantismo banal, enfraquece um pouco o resultado final. Ainda assim, há espaço para balanços mais dançantes, como Setembro e Eu Vou Pra Night (versão de I Love the Nightlife, clássico da discothèque). Da safra black brazuca, eles também vão no óbvio: Fim de Tarde, grande sucesso com Cláudia Telles nos anos 70, é recriada com fidelidade ao original. Também tem músicas inéditas, que por pouco não passam batidas. Bobagens agradáveis como Curtir um Som - e seu descarado decalque de Barry White - e Desengano são apenas bônus. Ou, como os irmãos gordinhos devem preferir, a cereja do sundae. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas
1
Fat millennium