REGINALDO ROSSI - AO VIVO
Reginaldo Rossi (2001)
Crítica
Cotação:
Tem gente que se leva a sério. A sorte de Reginaldo Rossi é que ele não é uma dessas pessoas. A despeito de tudo, ele segue com sua missão de ser uma espécie de Roberto Carlos do B (B de brega, muito mais do que o Rei poderia sonhar), gravando um disco por ano (como Roberto em outras épocas), com muito mais do absolutamente mesmo (como o Roberto dos últimos 20 anos). Este aqui é o seu quarto CD para a Sony - e o segundo Ao Vivo de araque que faz nesses três anos em que está na gravadora (em 98, estreou lá, levado pelo sucesso da música Garçon, com Reginaldo Rossi ao Vivo - Grandes Sucessos). A capa faz uma inegável referência à de Cauby! Cauby!, disco de 1980 do nosso grande crooner. O cantor pernambucano pode não ter lá uma grande voz (fanhosa, que não se sabe se é uma homenagem ou uma paródia à do Rei), mas comunga com Cauby da vontade de entreter o seu público (que, no disco, parece estar numa animada churrascaria) e de brilhar, brilhar.
O Dia do Corno, que abre o disco, é, descaradamente, um Garçon Parte 2 - assim como Um Novo Amor no Coração, em que Rossi chega ao ponto de convidar o público a sofrer junto com ele. Já Domínio do Coração é um daqueles boleros safados, com um solo instrumental bregamente anunciado pelo cantor ("Olhem agora os violões chorando!") e Vamos Fazer Amor, um roquinho anos 50 com solo de saxofone e tudo mais. O passado jovem guarda de Rossi aflora numa versão de Devolva-Me, de Leno e Lílian, que Adriana Calcanhotto recentemente devolveu ao sucesso. "Quando era garotão eu cantava essa música", conta o cantor. No recheio do disco, ainda tem muito brega lavado em country music, como nos discos de Roberto, e nada assim, digamos, tão engraçado quanto Garçon. De qualquer forma, escutar esse Ao Vivo é algo bem menos penoso do que encarar um Amor Sem Limite pela frente.(Silvio Essinger)
O Dia do Corno, que abre o disco, é, descaradamente, um Garçon Parte 2 - assim como Um Novo Amor no Coração, em que Rossi chega ao ponto de convidar o público a sofrer junto com ele. Já Domínio do Coração é um daqueles boleros safados, com um solo instrumental bregamente anunciado pelo cantor ("Olhem agora os violões chorando!") e Vamos Fazer Amor, um roquinho anos 50 com solo de saxofone e tudo mais. O passado jovem guarda de Rossi aflora numa versão de Devolva-Me, de Leno e Lílian, que Adriana Calcanhotto recentemente devolveu ao sucesso. "Quando era garotão eu cantava essa música", conta o cantor. No recheio do disco, ainda tem muito brega lavado em country music, como nos discos de Roberto, e nada assim, digamos, tão engraçado quanto Garçon. De qualquer forma, escutar esse Ao Vivo é algo bem menos penoso do que encarar um Amor Sem Limite pela frente.(Silvio Essinger)
Faixas